sábado, julho 15, 2006

pois é...

DE VIRADA É MAIS GOSTOSO!!!!

lider isolado.. xora gatinha manhosaaaaa.




hasta

segunda-feira, julho 10, 2006

“queria continuar a servir a seleção parar poder quebrar o recorde de Cafu em jogos pelo Brasil”. Roberto Carlos.

Vem cá, eu nunca tinha escutado essa história de tantos minutos sem gol, tantos minutos com a camisa da seleção brasileira, tantos minutos sem fazer falta. Será sinceramente que isso é importante para alguma coisa útil além de encher de lingüiça a cabeça do jogador que passa a pensar nessas idiotices criadas pela mídia esportiva preterindo o objetivo máximo da equipe que é a vitória de todo o grupo e, junto com ele, de todo o país?

Qual a diferença para o Gamarra ter ficado 800.000 minuto sem fazer falta em 1998? Será que se ele tivesse enfiado a pataca no lateral Branco (o Francês) o gol da França não tivesse saído naquele Golden Gol suado? Será que algum jogador iludido por esses filigranas midiáticos abriria mão desses títulos ridículos em prol da equipe? O Lúcio não fez falta durante vários jogos, e no último não só fez falta como até cartão amarelo levou. Pegunto eu: isso diminui o seu valor? Isso mancha a sua participação na Copa?
Bom, que eu lembre zagueiro está ali para evitar o gol adversário e não pra ficar de olho no relógio e dando uma de moça na zagua pra quebrar o recorde de Galvão (ou de qualquer outro idiota com microfone na mão e cabeça na lua). Se o zagueiro tem que dar de bico, então que enfie o pé na bola. Não estou aqui fazendo apologia à violência mas é de uma crueldade lastimante com o meu bom senso esse papo furado de zagueiro há tantos minutos sem causar falta. Pois eu tremo de medo que o caba vá tirar o pé na hora H para não estragar a seqüência de minutos tão validada pela mídia. Tenho minhas dúvidas se o zagueiro não iria preferir abrir mão de deixar o adversário fazer o gol (até porque gol faz parte das contas do goleiro e não do zagueiro) a enfiar o pé no pescoço do cidadão evitando o gol, tomando um cartão, quiça vermelho.

Analisemos o caso do goleiro. O que é mais importante para ele: ultrapassar 460 minutos sem tomar gol para quebrar o recorde (número hipotético) ou não tomar gol NUNCA NA VIDA e garantir que, se o time não vencer, pelo menos não perderá? Será que após alcançar 461 minutos ele relaxará e pensará: porra.. já quebrei o recorde de Yashim (nome hipotético, só em homenagem ao goleirão russo – eu acho que era russo) agora eu posso tomar um gol pois já fiz minha parte.

Perguntem pro Zidane o que ele acha desse prêmio de Melhor Jogador da Copa 2006. Pergunte se ele não trocaria pelo título mil vezes, mesmo que para isso ele tivesse que abrir mão de todos os elogios e criticas positivas que rechearam a sua participação na Copa?

Foda-se título individual. Torço para que a Fifa acabe com eles num momento de rara clarividência. Será que o Blatter (seu presidente) não vê que todos esses títulos individuais não têm mais função política (uma forma de premiar outros e não somente o vencedor)? Qual o objetivo e o que é que o Brasil e a Espanha vão fazer com a porra do premio de Equipe Fair Play Alemanha 2006? (sim, Brasil e Espanha empataram na soma de pontos para levar o título). Você lembra qual foi a Equipe Fair Play 1994? Não? Pois fomos nós, mesmo com aquela cotovelada absurda de Leonardo na cara do lateral norte-americano. E o que ganhamos com aquela bosta daquele prêmio? Grande merda. É como bola na trave. De que adianta se não ganha jogo? (porraaaaaaa. O time tal meteu 40 bolas na trave1 - bola na trave pra mim é o mesmo de bola fora e bem distante do gol).

Agora eles inventaram outro: o jogador destaque mais novo, ou o jogador mais novo destaque, ou o melhor jogador novo, alguma porcaria dessas... que premia o jogador com até 20 anos que tenha se destacado na competição. Lá vai mais uma leva de garotos agora querer dar uma de Ronaldinho (sic!) só pra levar esse título infame em detrimento ao objetivo do time (vide o tabacudo do Cristiano Ronaldo).

O único titulo individual que eu apoio e acho corretíssimo é o de artilheiro. Bom, é como premiar o melhor vendedor. Todos se sentem impelidos à fazer gols para levar a chuteira de ouro. Isso é positivo. Mas só esse. Por que gol, este sim, é o objetivo de uma partida de futebol.

Quando comparamos o futebol a uma guerra não é firula não. É porque em algum momento os sentimentos de um combate se confundem com os sentimentos de uma partida. Há união entre os homens com um mesmo objetivo; há divisão de obrigações apesar da meta final ser a mesma, vencer. Há a vitória em conjunto. Há a derrota em conjunto. E a também, como tudo na vida, sacrifícios pelo bem comum. Assim como cristãos se deixando queimar na fogueira da cegueira inquisitória, assim como um líder que se ausenta para a glorificação de um comandado, há que se fazer mister a doação por parte de cada um. Colocando o bem comum à frente de QUALQUER objetivo pessoal. Repito: isso não é conversa mole!

Copa do Mundo dificilmente é justa. Assim como o futebol. Mas há limites para tudo na vida assim como também no esporte. E eu não quero estar do lado de quem só esculhamba o trabalho dos outros. Prefiro acreditar que se tudo tem uma deturpação no final a Copa de 94 cala a minha boca em achar que a Itália talvez não merecesse esse título de 2006.

Mas há um porém, na Copa de 94, o jogo da final o jogo foi de lascar todos os cardíacos deste e do outro país. Com bola na trave, bola passando de raspão, bola na rede por fora, carrinho de jogador por pouco marcando... Claro que tudo isso regado ao extremo nível de adrenalina proporcionado pelo famigerado Gol de Ouro, chamada por aqui, a contragosto da Fifa, de Morte Súbita (faço aqui um adendo: como tudo na vida tem o lado feliz de quem ganha e o lado triste de quem perde a Fifa batizou o gol que definiria a partida como Golden Gol, ou seja, validando a felicidade do time que conseguir fazer um gol na prorrogação e, com isso, vencer a partida naquele momento. Mas o brasileiro, que tem o banzo africano e o niilismo português na veia, batizou com o insólito nome de Morte Súbita dando assim mais ênfase para a tristeza do time que perde, a morte, súbita como um gol. Ainda bem que essa história de golden gol acabou antes que a idéia louca do Gol de Prata se concretizasse – a prorrogação seguiria normalmente mesmo com ocorrência de gol e, ao final do primeiro tempo da mesma, caso algumas das equipes estivessem à frente do placar, esta seria declarada a vencedora. Outra aberração da Fifa.

A Itália não merecia. E pro brasileiros que torceram pra azzura fica a preocupação do tetra italiano que encosta no Brasil. Fico com o Domenech (técnico da França): O título está em mãos injustas. E haja coração na Copa 2010 pois os times africanos não vão aliviar, vai ser a copa mais violenta dos últimos anos. E o Brasil vai suar se quiser vencer (não vai ser a moleza que foi em 2002, não). Precisamos de um Rivaldo-Zidane urgentemente. E eu já estou cuspindo os assuntos aqui. Dando bicudo nas palavras.

Vou-me.
Hasta.