domingo, dezembro 02, 2007

em tempo...

só agora, 3 dias depois, sai um link minusculo sobre o jogo:

"nautico 1 x 0 flamengo: rubro-negros sucumbem a preguiça"

bom, comentar a forma ridicula como a midia esportiva do Rio deturpa a noticia seria uma redundância sem muita utilidade aqui. Mas, aqui pra nós, o jornalista que pos essa materia não viu o jogo. PREGUIÇA??? o rubro-negro (já que ele prefere dar destaque pro time que perdeu e não pro time que ganhou) sucumbe à pressao alvirrubra.

quem viu o jogo sabe que preguiça nao houve, de nenum dos lados... foi um corre-corre, pressão, chutes, jogadas, contra-ataques sem fim... excetuando-se os 15minutos finais do primeiro tempo o resto do jogo foi foda! Preguiça dele em ver o jogo e admitir que o Nautico segurou o impeto do Flamengo. Os dois times que mostraram as melhores campanhas reativas do segundo turno.

hasta.
detalhes...

40minutos que a rodada ja acabou. No www.globoesporte.com saiu noticia de tudo que é jogo. Menos da derrota do flamengo pro Nautico... porque, rede globo? qual a vergonha?

tô aqui contando e esperando as noticias...

hasta
cenas de um domingo que chegou à beira da perfeição...

jogo principal:

juventude (rebaixado) 2 x 1 sportiminho

por tabela:

goiás 2 x 1 internacional
grêmio 1 x 1 corinthians (apesar de tá pouco me lixando pro corinthianns e pro goiás e pro paraná)

e pra coroar o dia:

NAUTICO 1 x 0 flamengo (libertadores)

hasta.

domingo, novembro 25, 2007

serie A e seus finalmentes...

1) vencer o Figueirense e o Flamengo, chegando aos 52 pontos. (se não ocorrer isso pode esquecer a sulamericana).

2) secar para o Atletico Paraense perder pro São Paulo.

3) secar para o Atletico Mineiro perder ao menos perder um dos dois jogos que lhe restam.

4) secar o Vasco para ao menos empatar um dos dois jogos lhe restam.

aí sim... o náutico vai pra sulamericana. o resto é balela!

hasta.

sexta-feira, novembro 02, 2007

frase da semana...

"... e eu, que estava morrendo, pensando que era por causa da cachaça. Era a porra do leite!"


Pois é, suspendi geral. Tô comendo meu sucrilhos de manha numa tigela com uisque...

hasta.

em tempo: como eu não sou nem nunca fui dado a modismos e afobações pelo novo-que-causa-estardalhaço (por isso não fui nem vislumbro ir ao cinema assistir o onipresente "Tropa de Elite"), não tinha escutado (quando explodiu e quando todos comentavam) o som do Arctic Monkeys. Pois bem, agora que a poeira sentou fui conferir, e não é que o som dos boy é mesmo legalzin? Assim, nada de outro mundo, baladinhas bem pegajosinhas. Dessas de se ouvir descompromissadamente ao volante.

é isso.

sábado, outubro 20, 2007

próximos destinos...


HOJE: jampa!

AMANHÃ: 12º lugar!


hasta.

domingo, outubro 07, 2007

mas será o benedito?!!


...será possivel que eu não acerte umazinha só?

como diria Mario Júnior (Seleção do rádio. Transamérica. 7h da manhã. Todo dia): "existe isso?"

hasta.
contas, contas...


como a lógica não prevaleceu na última rodada que eu tentei imaginar os resultados, segue abaixo os resultados da rodada de hoje que, por mais improvaveis que pareçam, nao custa nada torcer.



ATLÉTICO/PR 0 X 0 VASCO

ATLÉTICO/MG 0 X 1 SPORT

SÃO PAULO 8 X 0 CORINTHINAS

INTERNACIONAL 0 X 0,5 AMÉRICA

FLAMENGO 0 X 0 FLUMINENSE

FIGUEIRENSE 6 X 6 PARANÁ

GOIÁS 0 X 13 CRUZEIRO


e tá tudo certo!
hasta.
conclusões II

e não é que eu fiquei uma semana sem postar, de novo!!

hasta

Obs1.: só restam 3 vitorias pro timba.
Obs2.: o Evaristo deve ter feito alguma merda, me deparei com ele apresentando o Globo Rural hoje pela manhã.

quinta-feira, setembro 27, 2007

sandices II (ou O Carater de Utilidade Pública de um Blog) ou " De link em link a gente chega no fim do mundo"


dando a minha fuçadinha semanal no kibeloco encontrei um videozinho de youtube que misturava he-man cantando uma musiquinha aí que eu nao não conheço. Como estava com problemas no meu laptop eu não consegui ouvir nada do site, mas quando cheguei em casa linkei e, por algum acaso, fui bater na página principal do site que inventa essas misturas sem pé nem cabeça.
Observei que há, listado num coluna lateral a direita do site, uma relação de misturas bem improváveis (normalmente entre video e som) e uma delas me chamou atenção: Mario Bros x Contra-baixo.
Pow! todo mundo que me conhece um pouquinho sabe que eu aprecio música e suas novidades. Cliquei e me deparei com um doido tocando o tema do jogo Mario Bros num contrabaixo de 12 ou 10 cordas (a qualidade do video não ajuda muito). Fiquei admirado com aquilo e fui rastreá-lo no youtube pra ver se encontrava algo mais interessante.

E não que eu encontrei?

Há no youtube uma certa competição global pra ver quem publica a versão mais bizarra do tema do Gordinho Bigodudo. Há versões em piano com o japones tocando com os olhos vendados, há versão de outro japonês tocando com duas guitarras ao mesmo tempo, há também um filho da puta acompanhando a versão em .mid do tema na bateria (e que bateria), há a versão já citada do branquelo tocando no contrabaixo e (agora eu me assustei de verdade) há uma versão de um maluco tocando na flauta.

Bom, como eu gosto mesmo é de novidade cliquei nesse ai e não é que o cara conseguiu me deixar ainda mais perplexo?

Não é somente mais uma versão de Mario Bros em instrumentos isolados. O cara inventou um treco completamente inusitado e fora dos padrões de respiração humana. Ele toca flauta e executa beat-box ao mesmo tempo. IMPRESSIONANTE !!

GREG PATILLO é o nome da fera. Até onde pude pesquisar ele era um desses artistas de rua e que hoje toca até com orquestra e o escambau.

Ele é a mistura do erudito com o marginal. Ele reorganiza o som harmônico e suave de uma flauta tranversa com o ritmo de marcação forte dos beat-box dos guetos novaiorquinos.

Olha, meu povo, são 6h da matina e eu não tô com saco pra catar palavrinhas bonitinhas e montar um texto legal sobre esse cara não. Só sei que o que ele faz é fantástico. Você pode até encher o saco depois de certo tempo, mas não há uma só pessoa que não fique boquiaberto ao se deparar com alguns dos videos que eu amavelmente listei pra vocês a seguir:

Mario Bros
Inspector Gadget
Flying of the Bumblebee
Muppet War
Spy Tunes (o melhor de todos)

eu não sei vocês, mas eu, só de olhar a agonia dele tocando, fico sufocado.
hasta.

quarta-feira, setembro 26, 2007

sandices...

visitando o kibeloco dia desses encontrei um link pra um videozinho desses de orkut (o kibeloco tem aproveitado bastante dessas sandices videoteipicas)e me deparei com um video sobre Direito, no momento nao entendi direito o que seria aquele video. Achei que tratava-se de uma ONG lutando pela ética na politica, ou algo do gênero, sei la... Dias depois eu me deparo com outro video dessa vez sobre Agronomia, depois de que a dor no maxilar passou me recompus e percebi que se tratava de uns videos uma faculdade encomendou como campanha de divulgação dos seus cursos. Muito original, aliás, essa idéia e que me deixou curioso em saber quem eram aqueles malucos que produziam aquilo lá. Cavei no youtube (o que não foi tão dificil) e encontrei.

Bom, eu acho que vocês vão concordar comigo. Há tanta merda nos programas humoristicos na tv aberta hoje em dia que nao compreendo como essa gente boa fica de fora.

curtam os videos da faculdade Cantareira.
agronomia
administração
publicidade
direito

curtam os videos da Companhia de Humor Os Barbixas.

terça-feira, setembro 25, 2007

FUTURO MAIS-QUE-PERFEITO

Náutico 3x0 Atlético/PR- com oNáutico em franca ascensão, acho bem cabível este resultado uma vez que o jogo no primeito turno, realizado em Curitiba, o resultado foi empate com o Náutico saindo na frente.

Internacional 0x3 São Paulo- alguém duvida que o São Paulo possa por o Internacional na roda mesmo jogando lá no Beira-Rio? Pois é, eu também não.

Corinthians 1x0 Sport- o Sport em descendente sem fim, técnico redundante, meio campo sem inspiração e com o Corinthians desesperado pra sair da zona de rebaixamento e jogando em casa? Dá Timão facin, facin...

Flamengo 1x1 Atlético/MG- o Flamengo viu a chance de escapar de vez da degola ir por água a baixo quando deixou o Figueirense empatar o ultimo jogo e o Atlético cagou-se todo no ultimo jogo quando empatou com o Inter depois de estar perdendo por 2x0. Como o jogo é no Rio acho bem provável que o Galo entre com o mesmo esquema fechadinho do ultimo jogo e arranque um empate do limitadíssimo time da Gávea.

Cruzeiro 3x1 Figueirense- bom, o Figueirense até ia bem até a diretoria por pra fora o Mario Sérgio, o time falta pouco pra degringolar de vez e o Cruzeiro? Ah, o Cruzeiro é o vice-lider, jogando muito e jogando em casa. Dá Raposa, certamente.

Botafogo 2x1 Goiás- não sei vocês mas o Goiás depois de empatar com o America jogando em casa não tem moral mais com ninguém. Jogando no Rio o Botafogo vai querer espantar de vez o risco de ficar fora da Libertadores. Fogão na cabeça!

Nenhum dos resultados acima sugeridos causaria espanto em qualquer torcedor minimamente informado sobre o andamento do Brasileirão.

Ou seja: Náutico nono colocado. Rumo à Sul-Americana !!

Hasta... e haja conta.

segunda-feira, setembro 24, 2007

contagem da salvação

agora só faltam 6.

obs.: como eu tambem tenho mãe, não xingo a de ninguém. (metáfora em homenagem aos meus amigos rubro-negros).

hasta

sexta-feira, setembro 21, 2007

O PODER DAS PALAVRAS NÃO DITAS...(a primeira face da moeda)


Sabe quando você tenta dizer algo e que por inúmeros fatores como: dúvida, receio, timidez e uma série de outros escambais, não o diz e o que sai da boca é aquele silencio que incita a dúvida?
Pois bem, o não dito soa pior que as palavras erradas. Porque palavras erradas podem ser corrigidas, depois. O não dito, por sua vez, não.
Como você pode corrigir uma coisa que você não fez?
Você até consegue facilmente sofrer por uma coisa que não fez, mas aquilo é só seu. Ninguém mais sabe. Claro que você pode tentar recriar o momento, o clima, mas a deixa para dizer, de uma vez por todas, o que deveria ter dito e não o disse é complicado.
É como um passarinho que devia ter cantado ao nascer do sol e, por preguiça, fome, doença ou distração, não o faz.
- Como pode um passarinho não cantar ao nascer do sol? – questionariam alguns. Sabe-se lá que segredos repercutem no coração de um passarinho desavisado. E como há passarinhos desavisados no mundo...
Eu mesmo sou um deles. Há momentos em que não consigo verbalizar o que reverbera numa quase-palavra e a quase-palavra é um crime que cometemos com nós mesmos e, indiretamente, com os que nos rodeiam.
Pode ser agressivo falar sempre o que reverbera por dentro, mas confesso e admito, é muito melhor vomitar o errado que morrer com o certo tolhido.
Portanto falemos, irmãos!
Falemos conquanto correndo o risco de sermos mal interpretados, somente a comunicação nos explica. Só ela nos posiciona no mundo. Só ela nos define. Esperar sermos compreendidos somente por nossos atos é esperar demais dos outros. E há alguns dos quais não se pode esperar nada.
Fale!
Não obstante o fato de sermos cercados por ouvidos melindrosos, a fala é ainda o melhor modo de conseguir a salvação da alma.
Mas cuidado! Faz-se mister respeitar as palavras. Palavras, como costumam dizer, são ferramentas perigosas na mão de incautos. Palavras demais são laminas com dois fios. Faca de dois gumes. Uma palavra errada no momento inadequado fere. E como fere.
O dilema esta entre falar e ser mal compreendido, ainda que seja possível consertar o equivoco noutro momento (ou não, como diria o filho de dona Canô) ou calar-se e esperar que o gênio interlocutor capte a sua intenção.
Há aqueles que preferem o silencio para depois maldizerem o mundo por não serem compreendidos. O que implica em culpar os outros por não os terem acompanhado. Como pode ser possível uma pessoa culpar a outra que não acompanhou um raciocínio que só está dentro da sua própria mente?
Complicadíssimo.
Eu prefiro falar, em especial com quem não tenho tanta intimidade, pois podem assimilar mal o meu silencio.
Mas escolho bem as palavras para não ser traído por elas.
Nem sempre consigo, reconheço. Mas quem me conhece ao menos sabe do meu esforço e quando vejo alguém não se esforçando para alcançar a clareza nos diálogos, ai a coisa complica. É como se estivesse diante de mim alguém que não está nem um pouco preocupado em ser compreendido. Alguém que acha que devíamos ser tão ruins com os vocábulos quanto ele ao ponto de compreender uma frase mal feita, uma palavra mal posta, num texto sem coesão.
Irritante.
Chatice minha? Claro que sim.
E quem disse que é chato ser chato? Chato é ser burro.
A burrice me irrita, mas ao mesmo tempo me encanta. Tenho inveja dos burros. Enquanto muitos se atormentam tentando falar claro o suficiente, os burros levitam despreocupados. A leveza dos burros é impressionante. Eles cavalgam por ai tranquilos, relinchando suas sandices, isentos do efeito malígno que semeiam. Não um efeito maligno assim incisivo, mas um mal suave que vai minando as relações de pouco em pouco, como se a vida mesmo fosse culpada pelos percalços que suas palavras mal postas e frases sem sentido causam nas cabeças daqueles que tentam o compreender. Mas, cá estou eu, assim com o Teles, tergiversando sobre o que eu nem queria.
O silencio. Ah! O silencio.
Linda ferramenta quando se está em comunhão com pessoas inteligentes.
Como isso nem é sempre possível. Fale!
Não deixe pra depois tentar se ver na mesma situação, porque a “deixa” pra dizer o que teria sido dito não ocorre e se ocorrer algo estará mudado. A intensidade não será a mesma. É o momento mágico da palavra perfeita. Uma palavra bem dita, no momento adequado, no timbre correto vale mais do que... do que... do que tudo o que vocês quiserem apostar. É a mágica do momento.
Uma palavra bem dita abre portas, o céu se ilumina, o tempo move-se lento, os cheiros ficam mais fortes, os sons mais puros, as nuvens correm, a chuva pára. Tudo fica mais claro. É uma passagem.
É a chave da palavra bem dita (ou bendita, como queiram) esfacelando o poder da palavra não dita.

hasta.

quarta-feira, setembro 19, 2007

pergunta pras paredes I



vem cá, o que faz uma pessoa séria se candidatar a uma vaga para o BBB8? Sério?


hasta.

quarta-feira, agosto 29, 2007

MALDITO TESÃO QUE SEPARA AS PESSOAS.

domingo, agosto 26, 2007

nem tanto, nem tão pouco


PENSE NUMA LAPADA!

hasta



(como é que o Sport toma de CINCO, do INTER (um timinho qualquer) na ILHA e um rubro-negro tem a cara lisa de me ligar pra zoar com Nautico que acabou de tomar de CINCO, do LIDER no MORUMBI. Dá pra entender a ausência de lógica na cabeça tosca de um rubro-negro?)

quarta-feira, agosto 22, 2007

e outras coisas mais

volto a postar com o tempo, no momento a resiliência faz-se mister mais que nunca.
tempo de burocracia... reorganização e novos passos... grandiosos passos

mais noticias em tempo.

hasta.

terça-feira, agosto 07, 2007

conclusões

...faz é tempo que eu não escrevo.

quarta-feira, julho 25, 2007

lalá lalá lalalááááááá!!!!



Página do Ray

em homenagem à lala prazin (vulgo minha irmã) que é agora a responsável pelo site coorporativo da coca-cola lá no México(pense num irmão orgulhoso).
eu já sabiaaaaa


assistindo um jogo de sei la o que no Pan... me deparei com uma bandeira do Náutico sendo tremulada no meio da torcida e me lembrei do quanto nós amamos nossos clubes quando me deparo com isso ai no JC, ó:

Com exceção das camisas dos times do Rio de Janeiro, o que se vê mais por aqui são torcedores do Sport, Náutico e Santa Cruz ostentando as suas cores em padrões e bandeiras.

É mais uma prova do quanto o pernambucano tem apego aos times do Estado e não dá preferência a equipes de fora, mesmo estando longe da terra natal.

Parecidos com os pernambucanos por aqui, somente os paraenses. Também há muitas camisas e bandeiras do Remo e do Paysandu.

Rafael Carvalheira


hasta.

quinta-feira, julho 19, 2007

Bonitinho mas ordinário



Quem é o palhaço na história?

Dirigente que contrata 40, 2 meses depois manda embora 20 e diz: agora vai!

Jogador que depois do jogo contra o Palmeiras diz: o que importa é que estamos melhorando, agora vai!

Técnico que após a sétima derrota diz: calma gente, o campeonato é longo, agora vai!

Torcedor que paga R$25,00 de ingresso, põe adesivo do time no carro e pensa: agora vai!

Zelador do prédio secando o Náutico para a Serie B ano que vem: seu Matheus, agora vai!















hasta.

terça-feira, julho 17, 2007

o ciclo se repete, mas pouco


mais um dia, como tantos outros.

mas mesmo assim ainda sinto legal ouvir pessoas queridas externando o desejo de me ver bem e celebrar a amizade que temos em comum.

afinal, são 32 anos.

hasta. e a viva continuidade deles...

sábado, julho 07, 2007

tô descendo a serra...


e como o tempo não pára, lá vou eu pra mais uma voltinha.
Próxima parada: Recife.

sigam-me os bons.
viva a continuidade dos dias.

Natal, mais uma cidade no meu currículo de andarilho nordestino.

hasta.

sexta-feira, julho 06, 2007

“Eu tenho o tempo do mundo, tem um mundo afora.”

É quando a gente começa a fazer as malas e se preparar para mais uma mudança. Inevitavelmente nos esbarramos com coisas que nem sabíamos que tínhamos guardado. Ocorreu-me hoje à noite enquanto encaixotava as coisas do apartamento, partindo para o Recife.

Tenho que explicar do que se tratam as coisas que aqui estão para que todos compreendam o que falo.

Túlio (meu irmão) quando veio morar em Natal, janeiro de 1997, morou no quartel durante um tempo e, assim que conseguiu uns bons amigos para rachar apê partiu para essa aventura que não parou até hoje. Começou dividindo um apê com Jean, Augusto e outro tenente lá do GAC do qual não lembro o nome. O apê ficava em Capim Macio e pouca coisa sobrou desse apê, era apenas o primeiro, não tinha muita coisa mesmo. O segundo, com um novo grupo de amigos (Sandro, Ribeirinho, Erlanzinho e um gaúcho do qual também não lembro o nome). Este segundo ficava em Barro Vermelho. Foi o apê onde eu, joka, Nilson e beta fomos conhecer. Foi neste ape onde Túlio fez uma das festas mais malucas que eu já fui. A turma era animada. O terceiro foi com a mesma turma excetuando-se o gaúcho. Foi o melhor apartamento deles, ficava em Lagoa Nova e foi o que eu mais passei tempo, o ano era 2003, carnatal, pipa, época realmente muito boa em Natal com companheiros de apartamento espetaculares. O quarto foi em Dix-Sept Rosado, novo momento, apenas Túlio e Ribeirinho. Passei uns tempos neste apê também. Foi nele onde me hospedei no momento em que preparava para ir pra São Luis, 2004, portanto. Foi nele onde eu e Sal nos hospedamos antes dela ir pra Espanha. Foi lá onde fiz minha despedida de Natal antes da aventura no Maranhão e desse apartamento de onde vieram todas as mobílias que estão neste que agora eu esvazio. O ultimo apê foi em Dix-Sept Rosado também: Túlio, Ribeirinho e Juan. Foi ai que a historia atual começou a ser configurada. Juan, amigo de infância, que há um tempo estava afastado da gente me comunicou via ligação Natal-São Luis que estava vindo morar em Natal rachando ape com meu irmão. Muito bom, quando vinha visitar os meninos, os 3 de novo juntos. Mas ai veio Fortaleza para mim e tudo mudou no mundo. Ribeirinho casou, foi-se pro Rio e nunca mais ouvi falar dele. Juan arranjou um ape pra morar (este no qual estive até hoje) e Túlio foi-se pra Sampa.

Na pressa de ir para São Paulo, Túlio largou tudo aqui no apê de Juan e partiu. Juan ficou morando aqui neste apê com a mobília de Túlio que foi adquirida no primeiro apê de D.S. Rosado. Depois de sair da Oi e passar pelo meu deserto (vide Carl Gustav Jung e Antoine Exuperry) no Recife há um ano, vim para Natal e fiquei um tempo na casa de Luquinha e Cassimiro, mas 4 meses depois vim dividir o apê com Juan. Juan noivou, foi morar no apê definitivo e então, desde fevereiro que estou aqui sozinho, num ape que era de Juan cheio de mobílias que são de Túlio.

Comecei a encaixotar tudo para, finalmente, dar destino a isso tudo que ainda está aqui, com atraso. Alguns anos de atraso, aliás. Abri uma cerveja, pus um som qualquer no laptop e comecei a revirar as coisas e fui me deparando com objetos que me fizeram viajar no tempo. Engraçado como esses anos todos com o meu irmão morando aqui em Natal e eu em tantos outros lugares se resumem aos poucos momentos que estivemos juntos e me faz concluir que não convivi com o meu irmão nos últimos 10 anos. Perdemos o tempo mais importante entre dois irmãos (dos 20 aos 30) para curtir a vida. Agora tudo é mais importante, menos farra. E reduzo todos esses momentos em cada objeto que vou encontrando pela casa na hora de encaixotar.

Canecas do GAC. Os amigos do quartel dele que passaram a ser meus amigos, a primeira viagem que fizemos para Natal depois que ele veio pra cá pelo EB. Eu, Túlio e Gustavo Sant’Anna (hoje morando em Denver). O dia em que bebemos tudo no Hooter’s e no dia seguinte fui apresentado a uma garrafa de água tônica.

[Bobagens, eu sei. Mas é o que, sinceramente, me ocorre neste momento]

Coisas da mudança que fui descobrindo embaixo da cama, dentro de mochilas há muito não abertas, nas portas dos moveis, guardadas em caixas de papelão há anos intocadas...

Canequinha de metal com a bandeira de Pernambuco que Bruna me deu. Caneca da Pizza Hut comprada em Fortaleza. Maçãs de mentirinha pra enfeitar a mesa do tempo de Lagoa Nova. Cacarecos de Cancun e Cusco da viagem que Carlão, Clênio, Flavio e Túlio fizeram ao Peru. DVD’s que assistíamos sem parar nas manhãs de ressaca com Erlanzinho.

Sei que está ridículo esse post que nem eu estou entendendo direito. Sem coesão (sem pé nem cabeça). Mas enfim... Engraçado mesmo foi quando eu abri uma mala preta, gigante, que estava escondida embaixo da cama. Ao abrir a mala pra ver o que sobreviveria e o que seria doado, comecei a rir. Imaginem vocês que havia roupa de absolutamente todo mundo que passou por essas nossas vidas nesses 10 anos de Natal.

- blusa de ribeirinho que eu usei emprestado no dia que fomos para o Taverna Pub depois de ser recepcionado por duas gatas completamente estranhas e só depois ver Túlio e Lailson, sentados no café do aeroporto e rindo da minha cara de “que porra é essa?”.[2001]
- camisa minha que comprei à Carol, em Fortaleza, quando ela trabalhava numa loja de roupas e enchia a gente de desconto.[2006]
- calça laranja que usei no dia que conheci Remi e Manga, meu atual chefe, no dia que detonamos 3 litros de uísque na casa de Sudário com direito a isca de caranguejo estragada há 3 meses (foi por conta desse dia que André, anos depois me confidenciou ter tido a idéia maluca de me contratar para São Luis).[2003]
- uma das melhores calças M.Office que já tive que virou uma bermuda depois que a empregada de Túlio, a Socooooooro!!! (sim, ela era horrível) queimou enquanto tentava passar.[2004]
- Camisa que Keké me deu de presente (e eu nem lembro mais porque diabos ela me deu de presente).[2003]
- a camisa com a qual na noite em que, pela primeira vez, Oreste me chamou ao palco do downtown para cantar Like a Stone. Nessa noite estavam comigo Juan e Simone Carmo uma grande amiga nossa daqui de Natal.[2003]

E mais uma pá de roupas e peças (blusa do uniforme de Ribeiro, bermuda de Erlan, calça de Juan, um só pé de sapato de Túlio, metade da caneleira de alguém, um cadarço perdido, pares e pares de meia de todo mundo que morou nesses apartamentos um dia, camisa do uniforme de futebol do time de Administração da UFRN, camisa oficial da seleção brasileira com ainda 4 estrelas, blusa do show da Timbalada e Companhia do Calipso do pré-reveillon Marafolia, boné da Ferrari, uniformes e uniformes militares de todos os tipos, tamanhos e donos...

Eu já estava na quinta Kaiser quando comecei a achar que, metaforicamente, essa mala é a minha memória. Se somos a soma das experiências e convivência com todo mundo que cruzou na nossa vida, essa mala sou eu, é Túlio, é um pouco de Juan também. É a síntese desses anos loucos em que vivemos tão longe e tão perto. Vivendo assim, cada um pro seu lado e ao mesmo tempo um puxando o outro. Dividindo desventuras de morar cada um em um lugar do país. Agora eu no Recife, um em Sampa e outro em Natal. Até quando, ninguém sabe.

Vou tratar de esvaziar a mala. Jogar fora a maioria dessas coisas que não fazem parte mais do nosso dia-a-dia. Nova fase.

E, como diria alguém... viva a continuidade dos dias!!!!

terça-feira, junho 26, 2007

tergiversações joaquinianas I

olhar de joaquim interpretado por um pai babão.


- sim, lá vem esse cara me enchendo com essa luz piscando nos meus olhos... vai procurar uma lavagem de roupa, matheus e me deixa descansar aqui. Aproveita e vai trocar essa tua camisa que tá azeda fedendo da última gofada que eu dei há 10min. Não cansa minha beleza, não rapaz! Aliás, de quem foi a idéia de me vestir com essa porra desse saco laranja? Quando tiver 12anos quero ter uma conversinha com vocês, deixe quieto. Vai ali e aumenta a ar-condicionado que eu tô com calor. E sim, essa chupeta é tudo de bom, deixa ela por aqui... olha é bom já se preparar que eu to todo mijado aqui, daqui a pouco eu começo a chorar pra trocar a frauda, aproveita e já deixa o leitinho pronto na mamadeira quentinha que eu emendo um choro no outro e só paro quando estiver babando de sono balaçando na rede então acho bom vocês se decidirem quem vai me por pra arrotar logo blá, blá, blá, blá...


como diria a turma lá da rua: "entra, pra cair o cabelo da testa!!"

hasta.
(devidamente autorizado por ele mesmo, vou expor aqui na sequência algumas divagações do pequeno joaquim prazin, o orelhudo mirim).

em tempo: 2 meses e 22 dias.

sábado, junho 23, 2007

vinte e três

Eu tentei
procurei me concentrar algo que eu ainda não tivesse dito, mas não encontrei. Todo dia 23 de junho é a mesma coisa e não há nada mais para ser dito nem feito sobre ele. Só me ocupo em enxugar as lágrimas que sempre provoco em mim mesmo ao reler o texto abaixo e, mais do que apenas recordar, sentir-me voltar no tempo e local.

O texto foi escrito na minha mesa de escritório, ainda na época da Oi, em São Luis, junho de 2005, no meio do expediente. Coisas que brotam de dentro da gente e não tem como parar.


Portanto... há 2 anos:


...a fogueira tá queimaaaaaando em homenagem a São João...

eu juro que não queria demorar tanto.
não foi de propósito.

exatos 30 dias...


Tô empertigado com essa mudança de ares... tchururu ru rúúúúúú´(é, o telefone do escritório é chique e não faz TRIIIIIIIMMMMMM nem TNHE NHE NHEEEEEEE, não. Faz é tchururururuúúúúúú!!!)

frescuras à parte... do outro lado da linha minha mãe dizia - oi, meu filho!!

e começou aquele blábláblá que os que conhecem Tia Sossó sabem bem... até que - pera lá mainha, eu preciso voltar pro trabalho... e ela - meu filho, trabalhando hoje?!!!

pow.. eu trabalho não só hoje como amanha... qual foi? hoje é quinta pow!!!

Foi ai que deu o estalo - HOJE(ontem) É 23 DE JUNHO...!!!

Não percebi porque aqui em São Luis as pessoas comemoram no dia 28 (o feriado é no dia 29) na verdade eles festejam São Pedro, mas insistem em chamar de São João..enfim... a festa aqui é linda, o boi é joia... o boi pintado e o de nina Rodrigues são melhores ainda (eheheh)... o tambor de crioula é divertido e instigante...mas São João pra mim é o que eu trago aqui na lembrança...

Caraca, a data mais divertida e mágica do ano. Eu fiquei parado, lembrando de quando acordava no dia 23 de junho, sentia um comichãozinho na barriga (que na época não parecia em nada com esse bucho nojento que hoje carrego), saia correndo com meu irmão pra pegar os traques e começar a zoada na rua... daqui a um pouco juntavam-se a nós Juan, Jr Gordo, Tiago Testinha e aquela meninada boa que era a minha turma lá da rua.
Depois de muitos traques-de-massa, peidos-de-véia, bichas-de-rodeio e cobrinhas íamos ajudar mainha a descascar e moer o milho verde pru mó de fazê o caldo grosso e perfumado, matéria prima para o pé-de-moleque, canjica, pamonha, bolo souza leão (hummmmmm saudade desse gosto) ouvindo o véio Lua pedindo ovo de cordona pra comer.

A tardinha começava a cair, as muriçocas (sim, muitas, tempo de chuva no Recife é assim mesmo) avisavam que estava na hora de suar...montar a fogueira de tio Dija. Painho todo ano inventava uma tecnologia diferente pra armar a sua poderosa fogueira, a fogueiro do "seu" Prazin. A competição era acirrada, qual a maior? 1) a fogueira lá de casa, montada sob parâmetros da Nasa (abrir um buraco no chão com o cavador, meu pai media o diâmetro e o comprimento das toras e as distribuia de modo que as toras maiores ficassem embaixo pra sustentar o peso, logo depois malha fina de galhos mais mirradinhos e secos, seguidos de uma enorme sequência de toras medianas e tronxas que eu e tulio passavamos a tarde toda tentando encaixar em conformidade geométrica. Quase um tétris. Por último galhos bem fininhos. Tudo isso protegidos por 4 fortes toras de madeira roliça, madeira boa e pura que meu pai ia pessoalmente até a lá na madereira da curva de Barra de Jangada escolher a dedo valendo-se de altura, retidão e pureza...por fim um arame abraçando tudo pra que a queima fosse uniforme. Pra fechar com chave de ouro lá vinha "seu" Zé com suas tranças de palha de coqueiro pru mó de ornamentar aquela obra de arte.2) ou a fogueira de tio Perez (pai de Juan) montada por "seu" Biu, simples assim, mas igualmente gigante...cada uma com seus mais de 2m. Lindo de se ver.

Banho, roupinha de matuto, bigode desenhado com rolha de cortiça queimada, caixinha de fósforo prendendo o lenço vermelho ao redor do pescoço, chapéu de palha, caixinha de fogos no bolso.. correr pra jogar bolinhas de jornal embebidos de querosene (sinto ainda o cheiro do querosene queimando e ouço o barulhinho da lenha ainda verde chiando e soltando uma espuminha perfumada) e curtir o gostinho do calor da fogueria de "seu" Prazin nas frias noites juninas recifenses.

De repente começa a chegar a meninada, e a vizinhança, e os primos, muitos primos, amigos e amigos de amigos...e casa está cheia... Luiz Gonzaga no som com o indefectível hino junino: São João na Roça, o título desse post...(impossível um pernambucano ouvir isso e não sentir um calafrio) e tome quadrilha...cheirinho de comida de milho, zoada de menino soltando fogos... forró, muito forró. Tia Sossó (ou dona solange, ou mainha.. como queiram) aparece toda serelepe com sua roupinha de matuta e as douradas tranças falsa presas ao chapéu....eheheh é são joão de novo na adélia cabus... festa assim , aqui na minha alma.

..no outro dia, acordar cedinho pra ver qual fogueira durou mais... qual fogueira ainda sopra uma linha de fumaça depois da chuvinha que sempre caia do finzinho de madrugada pra avisar a todo mundo que o arraial precisa parar... mas não dentro da gente... acender as ultimas bombinhas na braza resistente da insistente e ainda imponente fogueira de "seu" Prazin.

...é festa em recife, é festa na adélia cabús.. é a minha turma lá da rua...
é festa sim
sem fim
assim
no meu coração.

Bom São João a todos.


Bom mesmo.
Hasta.

sexta-feira, junho 15, 2007

em tempo 1:

parabéns à TV Cultura (Organizações Padre Anchieta) pela eleição de Paulo Markun como presidente da mesma para o próximo triênio.

O exemplo de TV pública no Brasil continua em boas mãos.

TV Cultura e CBN. As únicas ilhas de sensatez no jornalismo nacional. (sei que alguns dirão: matheus, a CBN faz parte das Organizações Globo.. mas enfim, escutem e vejam que a CBN tem uma independência que assusta. O Heródito Barbeiro, por exemplo, é âncora em um dos seus programas... bom, se o Heródoto assina embaixo, quem sou eu pra discordar?)

Observatório de Impresa
Roda Viva
Jornal da Cultura
Metrópolis
Castelo Rá-Tim-Bum

Só alguns exemplos dentre outros tantos bons programas da Cultura.

A Cultura fez (e ainda faz) parte da vida de um monte de amigos. Eu, meu irmão e nosso pai costumávamos dedicar uma fatia da noite do nosso domingo para assistir o saudoso Cartão Verde (CV). O CV foi, durante muito tempo, a melhor mesa redonda de debate futebolístico da tv tupiniquim. Composta por Flávio Prado no comando, José Trajano antes de partir para a feliz epopéia de criar e abraçar a direção geral da ESPN Brasil (em 1995) e o mestre Armando Nogueira (antes de se entregar aos encantos da vênus platinada e dividir o mesmo ambiente com seres como Galvão Bueno, Cleber Machado, Renato Mauricio Prado e Arnaldo César Coelho...

Bom, o CV acabou, hoje o Flavio está comandando uma mesa redonda que mais parece um ringue de luta na TV Gazeta, o Armando eu já disse onde foi parar e o Trajano é o único que mantém a minha audiência. Não perco um Linha de Passe Mesa Redonda na ESPN Brasil toda segunda 21h. (não, não me deram nenhum centavo para escrever esse post, é de coração. Juro!)



Enfim, é isso ai.

Hasta.

Em tempo 2: tava vendo tv e me deparo com um comercial que me remete a uma dúvida antiga: quem é esse infeliz desse Eduardo S. Rangel que aparece como titular em TODOS as propagandas de cartão de crédito?

Hasta 2.

quinta-feira, junho 14, 2007

nulidades…

Tudo bem que o ufanismo, em certa medida, nos acalenta o coração diante de alguns gritantes escândalos que permeiam a sociedade brasileira desde os tempos do império. Pero, como diria um amigo meu quando interpelado se ele iria usar sunga de banho no churrasco: “o homem tem que ter noção da marmota que é.”

Pois bem, como sabem os senhores, o Brasil está concorrendo com alguns outros paises por uma brechinha nas 7 Maravilhas (já são pra mais de 8, creio eu) do Mundo. Bom, até teríamos chance se alguns dos candidatos não fossem tão fuderosos. Segue a lista:

a) Palácios de Allambra (Espanha)

b) Muralha da China (é lá na China mesmo)

c) Machu pichu (Peru)

d) Taj Mahal (Índia, eu acho)

e) Rapanui (aquelas cabecinhas da Ilha de Páscoa – de onde veio a água da Bavaria Premium, sacou?)

e....

f) Cristo Redentor (Ilha de Santa Cruz)

obs.: “ f “ de: mai né phoda?!!!


hasta.

domingo, junho 03, 2007

Em terra de cego quem tem um olho é Neo


Senhores, assisti Matrix I e II dia desses (pela enésima vez, é bom lembrar) e lendo alguns livros de filosofia e um sobre o próprio filme Matrix, me peguei perdido em devaneios sobre o papo do mito da caverna, mundo das reminiscências, Platão, Aristóteles, Descartes, etc... misturando até onde o mundo dos sonhos, controlado pela mente, interfere no mundo real e vice-versa. As suas características, sobre seus estados ontológicos, compensações e esquemas metafísicos dualísticos foi quando, antes que a cabeça entrasse em parafuso, ocorreu-me certa dúvida acerca de aspectos seríssimos notados no filme, quais sejam:

a) Numa cena qualquer em Matrix Neo fala com Dozer:

Pouco antes de se fuder e tomar chumbo na caixa dos peito, encurralado num corredor marrom e feioso dentro de um prédio velho e ressuscitar com beijo de Trinity láááá no mundo real e ver a vida através de letrinhas verdes caindo, Neo se comunica com Dozer:

- Dozer, preciso sair daqui. Me tira daqui ! Onde é a próxima saída?
- Neo, há um telefone na quinta com a quarta (sic!)...

...e aí ele sai estabanado, correndo desesperado com (observem) um CELULAR na mão.

Ué! se Neo já estava falando com o Dozer pelo telefone porque diabos ele queria saber onde tinha outro telefone?

Ah... sair da Matrix por ligação móvel não vale... Ok.


b) Alguém ai sabe qualé o DDD, DDI ou DDMR (dicagem direto pro mundo real) que Neo faz pra falar com os navegadores da Nabucodonosor que tão lá na puta que o pariu do fim do mundo num esgoto onde, provavelmente, não pegaria sinal nenhum?.

c) a contra-partida é a mesma: qual a operadora que o povo da Nabucodonor é assinante para originar chamadas da vida real pra dentro da Matrix?

d) Se Morpheus está no mundo real então ele não existe na matrix, se não esta na matrix ele não tem comprovante de endereço, se não tem comprovante de endereço o chip dele certamente é pré-pago. Uma ligação de 084 pra 084 custa uns R$ 0,10. Ligação de 084 pra 021 custa algo em torno de R$ 1,10. Agora me digam: uma ligação da Matrix pro quintos dos inferno quanto custa?

d) já imaginou Tank desesperado tentando livrar Trinity de um tiroteio fudido e a única coisa que se ouve do outro lado da linha é : “não foi possível completar a ligação...”


quanta merda junta... HASTA !!

terça-feira, maio 29, 2007

Fragmentos...

1. Quem foi fã de Friends (sim, pois hoje em dia ninguém agüenta mais) basta assistir 1min de The Class e vai identificar as mesmas piadas que um dia foram legais, hoje não mais. Fórmulas repetidas que cansam, tiram a qualidade do grupo que forma o novo trabalho dos diretores e produtores de Friends. As piadas, gestos, manias, interpretações (individuais ou coletivas). Four Kings, The Class, The New Adventures of Old Cristine, Modern Man, Freddie... todas segundo escalão... nada a altura de, Everybody loves Raymond (quase perfeito), King of Queen´s, Seinfeld (tá, eu sei que esse é antigo, mas sempre servirá como referência) e o próprio Friends.
Pouca coisa se salva dessa safra nova, Everybody Hates Chris é um que vale a pena observar, pois a sua narrativa se dá em primeira pessoa com o narrador em off tendo Chris Rock como um dos produtores e roteiristas (a voz em off é dele também). E Two and a Half Man que também é novo e muito bom. E pra ser bom todo sitcom necessita começar com atores bons e este é o caso dos dois acima citados além dos muito bons According to Jim e Scrubs.


2. Sim, o fragmento acima é a prova mais notória de que eu não estou saindo de casa, passo meu domingo de frente pra tv e não estou namorando. Ahahahahaha

3. Estou voltando para o Recife. Promovido e transferido, a vida assim segue. Dividir um pouco Recife com vocês, amigos.

4. Ainda sobre sitcom´s: jamais pensem em assistir um episódio do grotesco e amador COUPLING no Eurochanel, é a mais pura prova de que os Ingleses são ótimos e originais, menos quando tentam imitar os Estadunidenses. Mais ou menos como quando os Portugueses tentam nos imitar com aquelas novelas infantis e amadoras...

5. 4 email´s meus já foram lidos ao vivo no Bate-Bola e no Linha de Passe da ESPN. E seus, quantos já forma?

6. balela, balela, balela (sim, porque a vida também tem espaço pra amenidades sem futuro).

7. tem coisa mais macabra que a propaganda do Deep Clean da Neutrogena com o rascunho da Kristen Kreuk na Warner? Medo.

8. Doente, sozinho em casa, com fome e liso... fui até a cumbuquinha de sashimi onde eu guardo as moedinhas que tilintam meu juízo, contei direitinho. Quinze reais e setenta e cinco centavos. Peguei o celtinha, trouxe CINCO cheeseburguer´s da Mc e todos foram felizes para sempre.

9. nunca mais tinha perdido meu tempo escrevendo tanta merda num só texto.

10. hasta.

quarta-feira, maio 09, 2007

segura que o Bento vem aí

É um evento realmente espetacular.
Num mesmo momento, e misturadas, vi bandeiras chilenas, argentinas, colombianas, peruanas, pernambucanas... até corinthianas.
Nessa hora estávamos todos ali, unidos num sentimento de carinho e, por tudo o que essa figura emblemática representa, mais humanos.
Mas eu também ouvi gritinhos histéricos, como se uma estrela de rock ou do cinema acenando da sacada do mosteiro estivesse. Lembrei-me logo das palavras proféticas do Gessinger lá por meados de 1989, 1990... o Papa, mais do que nunca, é Pop.

Não falo da figura do Joseph Ratzinger, mas sim da “pessoa jurídica” que repousa na imagem bondosa, carinhosa, apaziguadora de um Papa. É realmente espetacular.

Não sou católico, como vários o sabem, mas isto neste momento não tem a mínima importância. A secularidade da maioria de nós não nos impede de sermos tocados pela emoção e singularidade do momento. A igreja católica sabe ser espetacular com a sua tradição milenar, envolvente, misteriosa.

É sempre esperançoso que, ao menos aos que têm um pouco de altruísmo no coração, o passeio de Palpatine aqui em solo brasileiro renove a nossa certeza de que a tolerância e a caridade, independente do credo, é o que nos fortalece os dias.

E viva a continuidade deles, né?

Hasta.

quinta-feira, abril 26, 2007

...vamos ouvir agora o técnico do náutico, PC Farias... opa, PC Gusmão...

tsc tsc tsc todo mundo emocionado.
e não falo pela vitória simplesmente e sim do que foi o show, digo, jogo.
quem assistiu sabe do que eu falo.


babem com os dois lindos gols do Náutico e se preparem pra serie A.

primeiro


segundo

hasta.

quarta-feira, abril 11, 2007

autóctone



Não se iluda, minha calma não tem nada a ver
Sou bandido, sou sem alma e minto
Minha casa é o reino do mal
Meu pai é um animal
Minha mãe há muito que enlouqueceu
Só resta eu com a minha faca e a minha nau
Só resta eu com a minha faca e a minha nau

Sou pirata, solitário, sem mais nada
Sem bandeira, sem espada, no mar pra viver
Sangue e vinho derramados no convés
Sons de gaitas, violões e pés
Quando de repente surgem dez canhões
Era o Barba Negra com a sua turma e suas canções
Era o Barba Negra com a sua turma e suas canções

Não me ame, eu não quero ver você assim
Vá-se embora, eu não choro, sei cuidar de mim
Eu não tenho todas essas ilusões e apesar de ter tantos corações
Minha guerra nunca, nunca vai ter fim
Sim, sim eu sei, faço meu sorriso e faço minha lei
Sim, sim eu sei, faço meu sorriso e faço minha lei

Sou pirata, solitário, sem mais nada
Sem bandeira, sem espada, no mar pra viver
Sangue e vinho derramados no convés
Sons de gaitas, violões e pés
Quando de repente surgem dez canhões
Era o Barba Negra com a sua turma e suas canções
(ave sangria, banda pernambucana da decada de 70 que, no meu entendimento, dizia muito mais que Mutantes).

Continua...

sexta-feira, abril 06, 2007

Amigos,

meu filho nasceu. Joaquim.
Sim, ninguem sabia. Na verdade bem poucos.
Mas é fato.
Olha a fotinho dele aqui pra todos perceberem que, ao contrário do que eu mesmo acreditava, nem todo recém-nascido tem cara de joelho.




eehehehehehe...



cabecinha do papai...

cenho franzido e orelhinha de spok, é um Prazin...

carinha de invocado bonita da porra...





olha que torneira bonita arretada...









hasta. (e viva a continuidade dos dias...)

quarta-feira, março 21, 2007

e quando, um dia, essa frase me ocorreu de repente nunca pense que se encaixasse tão em vários momentos. sempre apliquei na vida dos meus amigos...

beta quando do sequestro do seu pai, com naty quando se sentiu meio que no intervalo da vida como um jogo entre o primeiro e o segundo tempo, tatinha quando do choque do falecimento da sua mãe, juan quando chegou em Natal sem eira nem beira, túlio quando fafá rompeu com ele nem ela mesmo entender...
e hoje eu aplico pra mim mesmo e mais uma vez ela vem como uma luva:

... e viva a continuidade dos dias. (viva!)

hasta

sexta-feira, março 16, 2007

não é que ela levou o meu sorriso
no sorriso dela?



mas há de passar.
hasta.

quinta-feira, março 01, 2007

Pois é, aconteceu de novo


TOMO I

Por pensar demais, pesar demais, analisar tudo, imaginar, calcular, projetar… perdi de novo!

Estávamos saindo. Tudo estava ótimo. Bom para mim, bom para ela, bom para nossos amigos. Brincadeiras sempre havia sobre quando iríamos começar a namorar, nos apresentavam como namorados... tudo brincadeira dos amigos. Só fazíamos rir. Sabíamos o que fazia estarmos juntos e era só isso o que importava.

Jantar, passeio, vinhos, crepes, praia, violão, pipa, pizza, festas... não tinha nome, mas era perfeito.

Pensava ter, finalmente, encontrado alguém que tivesse o meu ritmo. Que tivesse, na verdade, o seu tempo e por isso combinava tanto. Ela trabalha muito também, estuda também ou seja, vida atribulada e pouco tempo era uma coisa em comum. Perfeito. Final de semana era sempre uma novidade e olha que ela sempre me surpreendia e era isso uma das coisas que mais me atraia nela. A capacidade de me surpreender. Logo a mim que sempre surpreendeu, sendo surpreendido. Me via bobo com as coisas dela. Eu não podia acreditar que uma mulher daquelas estava se sentindo tão bem ao meu lado e que a recíproca era verdadeiríssima.

Mas tinha certeza de que eu não precisava de pressa, por que ela também não precisava.

Parecia que o meu perfil do orkut tinha, finalmente, encontrado alguém que realmente dividia o mesmo pensamento.

... Não quero amar como quem tem os dias contadosOdeio sofreguidão pelo que nem existe aindaEu quero um amor lentoNascendo devagar... como toda arvore centenária que não nasce da noite pro dia....e com raízes profundas e firmes.

frente a isso o que são 4 meses?

Era o que eu achava. E ai foi onde errei.
Erro de interpretação talvez.


TOMO II

Nos vimos na terça antes do carnaval. Nos encontramos no msn, ela ainda no trabalho. Combinamos coisas assim, de chofre, adorávamos isso. Ela veio pra cá. Tocar violão, tomar alguma coisa, conversar potoca, rir. E como a gente ria.

E dai nunca mais. Veio o carnaval, fiquei em casa. Pipa na terça para rever alguns amigos de candeias, com alguns deles não me encontrava há uns 6 anos.

Passou a semana rarefeita do carnaval. Deixei o tempo dela com ela. Aguardei um contato, uma mensagem, uma sms... ela adorava me encher de sms. Nada.

Pensei em convidá-la no sábado para vir pra casa, desisti pois o apartamento estava um lixo. Deixei pro domingo, talvez convidá-la para almoçar no restaurante mineiro que há em Petrópolis, coisa que adoramos fazer (comer). Mas no domingo estava sem grana, desisti.

Na segunda eu não agüentei. No meio da aula mandei uma mensagem: “saudades das suas caretas. :] “ . De repente a vista ficou turva, a boca seca, um soco no estômago e uma mensagem de volta: “agora elas já têm dono.”.

E seguiu o dialogo:

- “em pensar que um dia prometi nunca mais sentir esse mal estar que me abateu ao ler essa sua sms. Perdi o rumo no meio da aula. “

- “não queria causar isso... desculpa. A escolha é uma historia antiga que ninguém poderia interferir no desfecho. Não queria que ficasse chateado.

- “Não estou chateado, estou triste. Muito. Na verdade é um misto de tristeza, arrependimento, vazio. Confusão de sentimentos.”.


e só.

Estou até hoje estou sem saber o que ocorreu ou se eu estou exagerando, haja vista que não tínhamos nada oficial ainda que o respeito e o bem-querer sempre existira.

Na verdade acho que eu tive foi um belo e filho da puta de um azar.
Namorar com terceiros poderia ter ocorrido de ambos os lados. Felizmente foi do lado dela.
Porque se alguém tinha que sair fudido, antes eu. Pois o rosto dela não combina com tristeza.
Não combina, aliás, com coisa alguma que não seja aquele sorriso.
E que sorriso. Sabe aquela pessoa que sorri com o corpo todo? É ela.

Mas enfim... o tempo do entusiasmo passou.
Retorno à minha bolha.
Muito mais machucado do que em outras tantas. Pois em todas as outras havia um álibi plausível servindo de argumento pelo ocorrido.
Dessa vez não.
Dessa vez nem Deus entendeu.
Dessa vez eu senti um container jogado na minha cabeça, uma rasteira de cauda de animal feroz, um tiro de canhão no meu ouvido... é isso. É como se um obuzeiro tivesse retumbado uma salva a centímetros do meu ouvido quando eu li aquela sms.

Alguém conhece a sensação provocada por uma noticia inesperada que deixa você atônito? Parado, quase sem respirar por alguns segundos? Não se importando onde está, como está, quem está por perto, o que se está fazendo. Você para. O som do mundo diminui. Você quer ouvir (ou ler, ou ver) de novo. Quase não consegue. A carne enrijece. Os olhos tremem (como olhinhos de Mangá). A cabeça balança e você sente uma catástrofe nuclear querendo expandir o seu peito, saindo pelos ouvidos, boca, olhos, nariz... um grito, talvez. Mas você não pode. Está numa sala de aula no meio de uma aula de Economia Aplicada e...

- FODA-SE A BOLSA VALORESA DA CHINA... eu quero é a boca dela na minha. Agora!

Eu quero de novo o cheiro dela no meu lençol, travesseiro, toalha de banho, sofá, carro...
Eu quero a facilidade de me sentir bem (e muito menos ranzinza) que ela me proporcionava.
Eu quero deixar ela com vontade de estar comigo de novo.

E fiquei com medo.

Estou repetitivo sim, porque a repetição é dolorosa e o meu momento não é de sorriso.
Faço conscientemente para tentar promover em mim alguma mudança.
Pois não posso conceber que serei assim pra sempre.

Hasta.
(desculpem-me os erros de concordância e coesão, mandei tudo pra puta que o pariu. Esse post não tem palavras difíceis. Difícil mesmo só concatenar as idéias e vomitar tudo isso aqui)

domingo, fevereiro 25, 2007

obnubilação
[Do lat. tard. obnubilatione.]
Substantivo feminino.
1.Med. Perturbação da consciência, caracterizada por obscurecimento e lentidão do pensamento.



continua...

sábado, fevereiro 24, 2007

cúma?

...e por assim andar sempre de engelhado e rígido cenho,
que em demasia instar com um sorriso crasso venho
escusas infindáveis e solertes que não obstam o carinho
para ainda assim findar, ainda que com certa disfarçatez, um amor por ti terrenho.
mp

hasta.

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

sonoro e luminoso

gostaria aqui, meus amigos, de externar com toda a minha energia, com toda minha força, originando lá dos mais profundos recônditos de minh'alma um sonoro e luminoso VAI TOMAR NO OLHO DO TEU CU! pra todo mundo e pra ninguém, ao mesmo tempo.

Não se sintam ofendidos. Isso foi impessoal e completamente transferivél uma vez que não tinha um alvo certo. É pra todo mundo mesmo. E ao mesmo tempo pra nenhum de vocês.

É que as vezes a vida arreta, viu? As vezes junta tudo de uma vez só e eu não tenho saco pra aguentar todas as atitudes, palavras, situações, interpretações, conceitos e tudo o mais que ora em minha frente se multiplicam. Vai te fuder, porraaaaaaa!!!!

Eu sou bastante observador e, por conta disso, ponderador demais. Contemplador e analista. Pragmático por natureza e questionador por necessidade.

Por vezes assisto tudo como se de camarote estivesse. E quando sou o objetivo da ocorrência sigo como se comigo não fosse. Isso me ajuda a analisar com mais imparcialidade, frieza. Claro que eu não consigo. Mas tô me esforçando.

Então sigo mandando o mundo todo pra puta que o pariu. Mas é só até amanhã, depois passa. Como tudo.

hasta.

terça-feira, fevereiro 06, 2007

que há?

Quando eu não escrevo, nada acontece.
Quando eu volto, nada ocorre.
Mesmo assim eu vou continuar insistindo.

Digo uma coisa: tô gostando muito dessa história de faculdade aos 31.

domingo, fevereiro 04, 2007

sobre amenidades e nada mais

Sempre achei muito hipnótico, nos filmes que assistia quando pequeno, quando o mocinho (nem sempre as vezes o mocinho), numa sala em tom sépia, livros enchendo as prateleiras das paredes, uma mesa cheia de papéis desarrumados, máquina de escrever (apesar de achar mais cool uma máquina de datilografar não largaria o meu laptop por nenhuma delas), cabelo desarrumado (podia ser a roupa desarrumada que, aliás, se adequa mais a minha situação uma vez que eu sempre faço uso de máquina um) e um, invariavelmente companheiro das noites de solidão, cinzeiro lotado de piúba (oi góia, bituca, etc) desenvolvia algum texto.

Não saberia ao certo citar nomes de filmes como exemplo do que eu acabo de escrever no parágrafo acima, porém creio que todos têm uma lembrança bem nítida do que eu tentei comentar.

Quando morava em Recife, na casa dos meus pais. Tinha, no meu quarto, o cinzeiro ao lado do monitor (que acabou manchando o monitor com o calor do cigarro) mas o quarto era arrumadinho então não funcionava 100%, além do que eu não morava sozinho ainda então não tinha essa doce solidão que me enche de uma melancolia inspiradora. Quando morei em Fortaleza tinha o mau laptop numa mesinha ao lado da cama, mas a mesa era daquelas de plástico e quarto muito branco e iluminado. Não rolava clima deprê. Em Recife (retornando ao começo do parágrafo) a minha mesa era de madeira, bem ao estilo que eu admirava, mas mesmo assim não tinha tantos livros nas paredes. Em São Luis eu bem que tentei, mas os livros estavam encaixotados ainda, tinha o desktop (ainda tenho meu desktop, é o mesmo que eu manchei com o calor dos cigarros de Recife e que, semana que vem, estará de volta aqui na minha nova casa) sobre a mesa (como eu morava sozinha não fazia questão de mesa na sala, coloquei ela no quarto pra servir de mesa de computador) um cinzeiro sempre podre como manda o figurino (cinzeiro este que na verdade era um recolhedor de cinzas de incenso. É, não sei o nome daquela porra).

Bom, onde eu quero chegar? Eu estou morando sozinho de novo aqui em Natal. Coisa que eu não conseguia há mais de 1 ano desde que fui pra Fortaleza. O meu apartamento é tão pequeno, mas tão pequeno que se eu tivesse mais um sobrenome eu teria que dormir no corredor. É tão pequeno que eu cago me sentindo na sala e durmo com o pé na cozinha. Basta esticar a mão, ainda deitado na cama, pra pegar a garrafa d’água que fica estrategicamente na porta da geladeira. É tão pequeno que se eu escrever mais um pouco este texto teria que ficar pro próximo mês, não caberia no condomínio.

Mas, justamente por ser pequeno, ele dá uma sensação de aconchego e conforto impressionante. Eu não curto apartamentos pequenos, quem teve o prazer de conhecer o 102 da Rua Abelardo, ou o 202 bloco B da Rua Tibiri ou o 102 da Rua Marcos Macedo sabe que meus apartamentos sempre tiveram uma área bastante agradável (principalmente o de São Luis onde eu morava sozinho num apartamento de 3 quartos). Hoje eu moro num apartamento de ½ quarto, ¼ de sala e um corredor que chamo de cozinha conjugado com o banheiro que é quase tão pequeno quanto o sofá. Ou seja, minúsculo.

Excluí da lista acima o 1401 pois além de ser um marco na história de BV, 1401 era igualmente pequeno. Mas sobre o 1401 cabe um post inteiro.

Porém, estou aqui. Sentado no sofá, com o laptop na mesinha de centro, tv de 29” passando algum programa onde um caba tenta me vender algo (já li isso em algum canto...) que não sei exatamente o que é, só sei que deve ser fantástico. No canto esquerdo de quem senta no sofá há uma dessas mesas de apoio, com pernas de madeira (ou algo que a imite) com duas laminas de vidro separadas por algo em torno de 2 palmos onde eu costumo colocar garrafas de vinho, copos e taças de vidro e mais um cem número dessa quinquilharias de ornamentar sala que achamos legais, gastamos dinheiro e não sabemos pra que servem. Em frente há o rack simples, e por isso mesmo muito bacana, de madeira (ou do mesmo material da mesinha anteriormente citada) com prateleiras com alguns dvd’s, a geniosa TV estéreo, um receiver, lembranças de Machu Picchu e Cusco ladeado por caixas de som do home theater desligado. Á direita está a mesa, sem as cadeiras que ainda estão no escritório por simplesmente não caberem aqui no apartamento sem que seja necessária uma reconfiguração do seu layout. Caixas e mais caixas e mais caixas de memórias, lembranças, historias, momentos, lugares, pessoas...

Desligo a luz da sala juntamente com a TV. Acendo a luminária que comprei ontem. Baixo o pescoço articulado. Peço pra Etta James cantar pra mim no winamp. Acendo um cigarro. E me sinto num filme desses que me encantavam quando guri. Se a gente alimenta sonhos e, se cada um (e todos eles) desses sonhos são válidos e nobres, um dos meus era, um dia, poder fazer isso o que eu faço agora:

- escrever pra me livrar dos monstros
- escrever pra quem me quer ler
- manter um cigarro eternamente preso no canto da boca enquanto penso no que digito
- ver as letrinhas aparecendo organizadas no texto
- ter a certeza de que estou caminhando uma senda legal na minha vida
- sem inimigos
- longe dos amigos (esse quê de deprê sempre me atraiu) mas a certeza de ser querido pelos que tenho

SO FALTOU A PORRA DA CHUVAAAAA!!!!!! Seria perfeito.

Naty, me ajuda, eu preciso escrever um livro.

Obs1.: mudei de canal e assisto agora entrevista com Fernando Moraes na TV Câmara.

Obs2.: mudei o som, agora é Walk a Mile (Holly Golightly) – mais Rob Gordon impossível. Rob Gordon, meu alter ego.

vou dormir que já está amanhecendo e isso é extremamente broxante pra quem está querendo escrever...

pessoas começam a rezar na TV. Em vários canais, aliás.

Vou ligar na DW-TV para ver se o som do idioma sacal alemão me dá sono.

Hasta.

quarta-feira, janeiro 31, 2007

HEEEEY YOOOUUUU!!!!

Um ano se passou e cá estou eu novamente falando sobre podcast. Eu sou um usuário contumaz dessa nova (sic?) ferramenta de (também) informação. Depois desse tempo meio ausente com o meu Juice (o podcasting que eu uso) ficou fora de uso por um bom tempo pois, dentre tantos outros problemas, um deles foi ficar alguns meses sem casa, domicilio, unidade residencial que eu pudesse chamar de lar.

* fiquei alguns meses morando na casa de Cassimiro e Luquinha assim que cheguei em Natal e depois vim pro apartamento de Juan até este se mudar para um flat. Só agora voltei a morar só. *

Uma vez na minha nova casa (que apesar de pequena, bastante pequena é limpinha :> ) a primeira coisa que fiz foi? foi? banda larga, claro. Não uma banda larga qualquer mas um estrondo de banda folote (é 1Mb que dobra pra 2Mb depois das 19h). Sim, eu sempre fui exagerado com os links.

Voltei ao meu costume, portanto, de varrer meus feeds preferidos sempre que chego do trampo.

Concatenado a essa paixão por podcast está a de ouvir CBN (coisa que meus mais queridos amigos sabem muito bem) em todo canto, a todo momento. Com conexao discada nao era possivel ouvir pelo site da CBN Recife. Uma das coisas que mais achava atrasado naquele site era a coluna de comentários que era atualizada dia-a-dia. Eu tinha que estar conectado para clicar no link e ouvir por stream, um saco. Nunca entendi porque a CBN nao criava feeds para que coletássemos os comentários, noticias, materias, entrevistas... todos dias, na hora que quiséssemos.

Pois qual não foi a minha surpresa quando dei de cara com um link gigante informando o endereço do PodCast CBN!!!!

Agora sim. Chego em casa, ponho o Juice pra varrer os feeds enquanto tomo banho. Sento no sofá, acendo um cigarro e começo a ouvir os comentários que agora ficam salvos no ITunes para ouvi-los offline, na hora que quiser, sempre que quiser.

Para os que me entenderam e querem conferir as colunas aqui vai o feed para assinar:

http://www.cbn.com.br/ipod/comentaristas.xml

E para os que não têm Podcast e nem imaginam que porra seja isso, aqui vai o link para baixar os arquivos em formato .mp3:

clica aqui, caba!

Para ouvir as colunas de: Arnaldo Jabor, Carlos Alberto Sardenberg, Cony e Xexéu, Gilberto Dimenstein, Miriam Leitão, Juca Kfouri, Renato Machado, entre outros.

Hasta.

sexta-feira, janeiro 19, 2007

aqui ó

Acho que até semana que vem eu tô com banda folote lá em casa.

Esse negócio de postar de oficina, posto de gasolina, estacionamento de shopping, calçada de casa, mesa de bar... não dá.

(é que eu tô usando um trequinho interessante. Modem USB, conecta em qualquer canto que tenha sinal GSM, aí já viu , né?)... mas é leeeeeento como toda conexão discada.

Bom.. semana vem tá logo ai e eu estarei mais aqui.

hasta.

terça-feira, janeiro 09, 2007

e tenho dito...

é dificil, amigos. Dificílimo.


eu to tentando, eu juro que tô.
mas essa prisão de ventre mental é foda.

É que, entendam, nunca passei por essa situação.
É meio conflitante. Não, minha bunda nada tem com isso.
Eu to falando é de não ter endereço.

acidez. Um diálogo não se torna assim, auto-suficiente.

é o mesmo que voltar a malhar, tem que ser de leve, aos poucos.
Malhação cerebral.
Sinapse serial.
tenho que fazer juz aos neuronios que sobrevivem todos os dias às inumeras baforadas.

- mas olha que horas são, rapaz. Isso lá são horas de estar com o comp no colo, apoiado nesse bucho ridículo, escrevendo pra ninguém?

A sorte é que, como sou eu mesmo que me ridicularizo, eu mesmo me vingo.

Pergunte se há algo com pé, ou cabeça. Aqui nem uma coisa nem outra. É só fluido animando os dedos enquanto vociferam essas mal tecladas (já virou jargão).

hasta.

segunda-feira, janeiro 01, 2007

É SEMPRE MAIS DO MESMO

tudo bem,
agora é sério: vou reiniciar.
Findo essa papo de sem tempo e sem assunto, não é?

Cá estamos com um saco de mais do mesmo.
Como todo inicio de ano, aliás.

Quiça poderei revisitar tudo o que eu acredito ter feito de errado
e reconsiderar pensamentos e atitudes para obter um resultado um pouquinho mais satisfatório ao final de 2007.

2006 foi um bomba nuclear (para não usar o velho tsunami).

Reiniciando, pois.

hasta.