PRÓXIMA PARADA RECIFE...
Leva o chinelo pra sala de jantar
Que é lá mesmo que a mala eu vou largar
Quero te abraçar
Pode se perfurmar
Porque eu tô voltando
Dá uma geral, faz um bom defumador
Encha a casa de flor
Que eu tô voltando
Pega uma praia aproveita tá calor
Vai pegando uma cor
Que eu tô voltando
Faz um cabelo bonito pra eu notar
Que eu só quero mesmo é despentear
Quero te agarrar
Pode se preparar
Porque eu tô voltando
Põe pra tocar na vitrola aquele som
Estréia uma camisola
Eu tô voltando
Dá folga pra empregada
Manda a criançada pra casa da vó
Que eu tô voltando
Diz que eu só volto amanhã se alguém chamar
Telefone não deixa nem tocar
Quero la la iá
la la iá iá iá
Porque eu tô voltando(mas pouco).
quero vê-los, abraçá-los.
meus queridos.
até breve.
quarta-feira, dezembro 29, 2004
segunda-feira, dezembro 27, 2004
parafusa um
...pode ser, pode ser que tenhamos um feliz final.
Não tem jeito. O sotaque me remete à minha terra. De volta. É impressionante como música tem esse poder. Viajar. E os feladaputa gravaram dois frevinhos de bloco nesse novo disco. um deles é o que eu ouvi pela primeira vez, quando os escutei. inéditos pra mim. eu e aninha, no downtonw. dois bebados, loucos. tios dançando frevo no meio da meninada. dentro da casa de nós todos. Foi ali. Boquiaberto. Cumprimentei. Falei pra porra o quanto havia gostado. Semana seguinte: pimenta verde. sempre com aninha. minha parceirona de parafusa. depois garrafu´s, com a virgem cahita. não mais virgem depois no barramundo. também cahita, já apaixonada pela melodia. E não mais ao vivo, porém tão presente quanto envolvido. Embaixador do Parafusa. Onde estiver.
essa é a careta desses loucos que vão mudar o som de recife com seus acordes dissonantes, voz bem encaixada, vocais bem bolados, arranjos perfeitos e uma competência poética espetacular.
...deram-se os braços e abraços como se encontrassem alguém.
não sei se tenho surtado mais comumente em tão pouco tempo. Só sei que tenho ouvido muito o disco e percebido, a cada volta, nuances sonoras que me deixam mais perto de tudo. Parece que a cada escutada eu percebo a história contada pelos caras. Qualquer dia eu terei tempo pra escrever sobre cada faixa, mas isso não tem muita graça. Eu sei. O bom é cada qual com a sua interpretação, sua leitura. Isso sim, é o que importa.
mas sinto-me um pato cinza comentando sobre uma banda quase alienígena. Espero que, agora, Recife volte os olhos pro parafusa. Impressionante que 80% do que ouvimos na Tv e nas rádios não tem capacidade de compor 20% das músicas do parafusa. Produto nosso. E , por isso mesmo, tão mal difundido e reconhecido.
vinny, supla, autoramas, penélope (isso sem falar do lixo do cpm 22, charlie brow jr e dissidências)me impressionam pela força com que surgem e a velocidade com que somem (ehehehehe).
Espero estar certo de que aos poucos o nicho cultivado pela parafusa seja tão solido quanto a honestidade do seu som.
Sei que o Brasil é ingrato e bandas como Maskavo Roots, Graforréia Xilarmônica, Ave Sangria (guardada as devidas proporções, por favor) desaparecem sem vestigios a não ser na lembrança de quem curtiu.
Lutas na grama e os golpes mortais. Super-heróis, estes não voltam mais. Fomos moleques de jogar bola, tantas historias [...] que fazem de nós dois sempre irmãos.
Ontem eu estava esperando o thadeu, diretor da empresa, chegar de natal (foi passar natal com a familia), no estacionamento do aeroporto, esperando o vôo e escutando parafusa e pensando no quanto nossa terra tem cultura, força, história, orgulho, contos, folclore, lendas, mitos, pessoas, grandiosidade. É quando se sai que se percebe a força de Pernambuco e de seus filhos.
Ouvindo o som da rua da harmonia eu me sinto mais perto de vocês.
...está solta nesse mundo que não quer vê-la feliz [...] ninguém é mais que ela nem feliz. Ninguém. Sobretudo quando é sobre o amor. Pensa que já conhece tudo o que ainda não.
ah... as fotos do encarte (essas que eu scaneei sem autorização) foram feitas pela Clara, irmã da Maria Gouveia (sim aquela mesmo, do orkut).
...mas
se vc
nao quiser
que eu alcance o bem querer
que eu guardei
pra você
é o sinal
de uma nova esperança
de ter novamente seus olhos
que
um
di
a
fo
ram
meeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeus.
...pode ser, pode ser que tenhamos um feliz final.
Não tem jeito. O sotaque me remete à minha terra. De volta. É impressionante como música tem esse poder. Viajar. E os feladaputa gravaram dois frevinhos de bloco nesse novo disco. um deles é o que eu ouvi pela primeira vez, quando os escutei. inéditos pra mim. eu e aninha, no downtonw. dois bebados, loucos. tios dançando frevo no meio da meninada. dentro da casa de nós todos. Foi ali. Boquiaberto. Cumprimentei. Falei pra porra o quanto havia gostado. Semana seguinte: pimenta verde. sempre com aninha. minha parceirona de parafusa. depois garrafu´s, com a virgem cahita. não mais virgem depois no barramundo. também cahita, já apaixonada pela melodia. E não mais ao vivo, porém tão presente quanto envolvido. Embaixador do Parafusa. Onde estiver.
essa é a careta desses loucos que vão mudar o som de recife com seus acordes dissonantes, voz bem encaixada, vocais bem bolados, arranjos perfeitos e uma competência poética espetacular.
...deram-se os braços e abraços como se encontrassem alguém.
não sei se tenho surtado mais comumente em tão pouco tempo. Só sei que tenho ouvido muito o disco e percebido, a cada volta, nuances sonoras que me deixam mais perto de tudo. Parece que a cada escutada eu percebo a história contada pelos caras. Qualquer dia eu terei tempo pra escrever sobre cada faixa, mas isso não tem muita graça. Eu sei. O bom é cada qual com a sua interpretação, sua leitura. Isso sim, é o que importa.
mas sinto-me um pato cinza comentando sobre uma banda quase alienígena. Espero que, agora, Recife volte os olhos pro parafusa. Impressionante que 80% do que ouvimos na Tv e nas rádios não tem capacidade de compor 20% das músicas do parafusa. Produto nosso. E , por isso mesmo, tão mal difundido e reconhecido.
vinny, supla, autoramas, penélope (isso sem falar do lixo do cpm 22, charlie brow jr e dissidências)me impressionam pela força com que surgem e a velocidade com que somem (ehehehehe).
Espero estar certo de que aos poucos o nicho cultivado pela parafusa seja tão solido quanto a honestidade do seu som.
Sei que o Brasil é ingrato e bandas como Maskavo Roots, Graforréia Xilarmônica, Ave Sangria (guardada as devidas proporções, por favor) desaparecem sem vestigios a não ser na lembrança de quem curtiu.
Lutas na grama e os golpes mortais. Super-heróis, estes não voltam mais. Fomos moleques de jogar bola, tantas historias [...] que fazem de nós dois sempre irmãos.
Ontem eu estava esperando o thadeu, diretor da empresa, chegar de natal (foi passar natal com a familia), no estacionamento do aeroporto, esperando o vôo e escutando parafusa e pensando no quanto nossa terra tem cultura, força, história, orgulho, contos, folclore, lendas, mitos, pessoas, grandiosidade. É quando se sai que se percebe a força de Pernambuco e de seus filhos.
Ouvindo o som da rua da harmonia eu me sinto mais perto de vocês.
...está solta nesse mundo que não quer vê-la feliz [...] ninguém é mais que ela nem feliz. Ninguém. Sobretudo quando é sobre o amor. Pensa que já conhece tudo o que ainda não.
ah... as fotos do encarte (essas que eu scaneei sem autorização) foram feitas pela Clara, irmã da Maria Gouveia (sim aquela mesmo, do orkut).
...mas
se vc
nao quiser
que eu alcance o bem querer
que eu guardei
pra você
é o sinal
de uma nova esperança
de ter novamente seus olhos
que
um
di
a
fo
ram
meeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeus.
domingo, dezembro 26, 2004
eu quero ter sempre amigos assim
- hey mago, to chegando ai no domingo pela manhã, viu?
- caraca veio, se tu viesse hoje eu desenrolava camisa pro show da timbalada!!
- ochi, pera, vou ligar pro aeroporto.
CLICK
...5 MINUTOS DEPOIS (e foram 5 mermo)
- mermããããõ, avisa as nega que eu to chegandooo!!!!
- massa doido, vou pegar tua camisa e o ingresso.
cerveja, violão, champagne, cerveja, timbalada, animação, pizza, companhia do calipso, apanhar a noite toda até aprender a dançar essa porra, mais cerveja.. e no dia seguinte almoço e conversa sobre a vida e futuro na que parece ser a única churrascaria da cidade (eheheheh meus amigos ludovicenses ficam putos quando eu começo a sacanear assim com a aldeia deles)... e agora, de bucho cheio, bater papo com os amigos no msn, ouvindo how to dismantle an atomic bomb.
bom domingo a todos.
obs.: agora aqui em são luis também temos GPRS, ou seja, eu agora vou tirar fotos com o meu Oi e mandar pra minha caixa postal e de lá postar na turma...agora simmm!!!
hasta.
- hey mago, to chegando ai no domingo pela manhã, viu?
- caraca veio, se tu viesse hoje eu desenrolava camisa pro show da timbalada!!
- ochi, pera, vou ligar pro aeroporto.
CLICK
...5 MINUTOS DEPOIS (e foram 5 mermo)
- mermããããõ, avisa as nega que eu to chegandooo!!!!
- massa doido, vou pegar tua camisa e o ingresso.
cerveja, violão, champagne, cerveja, timbalada, animação, pizza, companhia do calipso, apanhar a noite toda até aprender a dançar essa porra, mais cerveja.. e no dia seguinte almoço e conversa sobre a vida e futuro na que parece ser a única churrascaria da cidade (eheheheh meus amigos ludovicenses ficam putos quando eu começo a sacanear assim com a aldeia deles)... e agora, de bucho cheio, bater papo com os amigos no msn, ouvindo how to dismantle an atomic bomb.
bom domingo a todos.
obs.: agora aqui em são luis também temos GPRS, ou seja, eu agora vou tirar fotos com o meu Oi e mandar pra minha caixa postal e de lá postar na turma...agora simmm!!!
hasta.
sexta-feira, dezembro 24, 2004
terça-feira, dezembro 21, 2004
considerações sobre saudade...
Adorei receber o disco novo do U2 por correio (valeu Dea). Lembrei do corre-corre que foi comprar o Pop Mart de madrugada, lançamento mundial às 00h, coisa de Bono. E depois conferir o som ao vivo, no Rio.
Impagável.
Estou, como sempre, ouvindo com calma. Pra perceber as nuances sempre escondidas nas canções do U2. Às vezes eu tenho a impressão que eu não vou gostar de determinada música e logo em seguida começo a perceber detalhes melódicos que só os caras mesmo pra criar.
Mas... como tudo na vida dos sub-desenvolvidos existe um "mas..." (como diria Arnaldo Jabor)o CD que está me deixando bobo e tirando minha atenção do How to dismantle an atomic bomb chama-se Meio-Dia na Rua da Harmonia.
Título simplesmente perfeito (valeu Cahita).
Rua da Harmonia, pra quem não é de Recife (ou nunca foi lá) é uma rua no bairro de Casa Amarela ( ...ou tamarineira, ou casa forte, tanto faz). O bairro de casa forte, tamarineira, graças, aflitos, casa amarela tem muito disso, dessa calma, dessa pureza das árvores que sombreiam as ruas, das pessoas educadas que passeiam nas praças e calçadas, bebericam nos cafés e nos bares espalhados no meios das casas desses bairros irmãos. Morro de saudade da sombra que fazia ali na rua Abelardo onde morei por 6 meses. Do cheiro do verde nas tardes mansa quando eu ia ler Gabriel Garcia Márquez no Parque da Jaqueira. Da imagem belíssima que as copas das árvores formavam reverenciando a grandeza da Rua Amélia quando bate o sol às três da tarde. Aquele túnel verde.
A inocência nostálgica das ruelas de Casa Amarela. O aconchego de andar devagarzinho, com a mão no bolso entre as ruas da Estrada das Ibáias. O gostinho bom do vento que batia no meu rosto quando voltava correndo do treinamento físico militar durante quase 10 anos no CPOR, no final da tarde, no asfalto irregular da rua Olegarina (aquela que parte na praça do CPOR e leva até o Parque Sant´Anna). Tomar uma no Emprensadinha (ali ao lado da Matrix de Casa Forte), comer torta de maracujá com coca-cola no café Burle Max na Praça de Casa Forte e respirar o ar puro daquelas plantas espetaculares e chegar, subir em direção ao Guaiamum Gigante, largas ruas aconchegantes, fazer a volta no girador na estrada do encanamento, passar em frente à praça de Parnamirim onde os meninos se banham na fonte lavando os carros com água suja dos seus corpos, dar a volta em frente ao McBode, Fiteiro, subir a estrada do Arraial onde a História do Brasil trasnborda e chegar, finalmente, na rua da Harmonia.
Lindo nome. Lindo nome. Disco perfeito.
Os meninos se superaram, ainda não é hoje que eu vou tecer registros sobre as impressões musicais. Ainda estou escutando muito, a todo tempo. Não demora muito e os ludovicences estarão viciados no som do Parafusa.
Espero ter um tempo de visitar todos esses lugares que me deixam com o pensamento flutuando quando estiver ai em Recife. Quero muito voltar, passar uns dias de bobeira com meus pais, tomar umas cervejinhas com os amigos, passear pelas ruas de recife, pelas ruas que me emocionam. De referência à tarde e durante a noite. Lembro que (sem nunca imaginar que um dia não teria mais possibilidade de faze-lo) diminuia a velocidade do carro sempre que estava voltando pra casa ao passar, com o dia nascendo, pela ponte do Bacardi (ali no Pina) seguindo pra minha casa, depois da balada....o céu lindo, o sol surgindo... eu diminuía, as vezes parava, tirava foto...e voltava bobo, com sorriso no canto da boca, orgulhoso de morar numa das cidades mais loucas, deficitárias, emocionantes, violentas, apaixonantes do mundo.
As luzes que anunciam a extensão do Cais José Estelita, o reflexo dos postes e dos sobrados magros da Rua da Aurora ao longo do Rio Capibaribe quando passava pela ponte da Votorantim indo pro Downtown, a imagem surreal do canal visto pelo lado de dentro, sentado ali na sacada do Capibar.
Isso é um pouco de Recife. Recife onde deixei um pouco de mim e que eu trago um muito aqui dentro do coração.
É quando eu escuto o som dos meninos e lembro dos barzinhos onde a gente escuta gente boa tocando o próprio som, lutando por um espaço no mercado. Fazendo o que gosta, tocando pra quem quer ouvir. Na cidade mais musical e cultural do planeta.
"Esta cidade parece um poema, em cada esquina você pode estar.”
Meio-dia na Rua da Harmonia.
Boa sorte a todos.
Adorei receber o disco novo do U2 por correio (valeu Dea). Lembrei do corre-corre que foi comprar o Pop Mart de madrugada, lançamento mundial às 00h, coisa de Bono. E depois conferir o som ao vivo, no Rio.
Impagável.
Estou, como sempre, ouvindo com calma. Pra perceber as nuances sempre escondidas nas canções do U2. Às vezes eu tenho a impressão que eu não vou gostar de determinada música e logo em seguida começo a perceber detalhes melódicos que só os caras mesmo pra criar.
Mas... como tudo na vida dos sub-desenvolvidos existe um "mas..." (como diria Arnaldo Jabor)o CD que está me deixando bobo e tirando minha atenção do How to dismantle an atomic bomb chama-se Meio-Dia na Rua da Harmonia.
Título simplesmente perfeito (valeu Cahita).
Rua da Harmonia, pra quem não é de Recife (ou nunca foi lá) é uma rua no bairro de Casa Amarela ( ...ou tamarineira, ou casa forte, tanto faz). O bairro de casa forte, tamarineira, graças, aflitos, casa amarela tem muito disso, dessa calma, dessa pureza das árvores que sombreiam as ruas, das pessoas educadas que passeiam nas praças e calçadas, bebericam nos cafés e nos bares espalhados no meios das casas desses bairros irmãos. Morro de saudade da sombra que fazia ali na rua Abelardo onde morei por 6 meses. Do cheiro do verde nas tardes mansa quando eu ia ler Gabriel Garcia Márquez no Parque da Jaqueira. Da imagem belíssima que as copas das árvores formavam reverenciando a grandeza da Rua Amélia quando bate o sol às três da tarde. Aquele túnel verde.
A inocência nostálgica das ruelas de Casa Amarela. O aconchego de andar devagarzinho, com a mão no bolso entre as ruas da Estrada das Ibáias. O gostinho bom do vento que batia no meu rosto quando voltava correndo do treinamento físico militar durante quase 10 anos no CPOR, no final da tarde, no asfalto irregular da rua Olegarina (aquela que parte na praça do CPOR e leva até o Parque Sant´Anna). Tomar uma no Emprensadinha (ali ao lado da Matrix de Casa Forte), comer torta de maracujá com coca-cola no café Burle Max na Praça de Casa Forte e respirar o ar puro daquelas plantas espetaculares e chegar, subir em direção ao Guaiamum Gigante, largas ruas aconchegantes, fazer a volta no girador na estrada do encanamento, passar em frente à praça de Parnamirim onde os meninos se banham na fonte lavando os carros com água suja dos seus corpos, dar a volta em frente ao McBode, Fiteiro, subir a estrada do Arraial onde a História do Brasil trasnborda e chegar, finalmente, na rua da Harmonia.
Lindo nome. Lindo nome. Disco perfeito.
Os meninos se superaram, ainda não é hoje que eu vou tecer registros sobre as impressões musicais. Ainda estou escutando muito, a todo tempo. Não demora muito e os ludovicences estarão viciados no som do Parafusa.
Espero ter um tempo de visitar todos esses lugares que me deixam com o pensamento flutuando quando estiver ai em Recife. Quero muito voltar, passar uns dias de bobeira com meus pais, tomar umas cervejinhas com os amigos, passear pelas ruas de recife, pelas ruas que me emocionam. De referência à tarde e durante a noite. Lembro que (sem nunca imaginar que um dia não teria mais possibilidade de faze-lo) diminuia a velocidade do carro sempre que estava voltando pra casa ao passar, com o dia nascendo, pela ponte do Bacardi (ali no Pina) seguindo pra minha casa, depois da balada....o céu lindo, o sol surgindo... eu diminuía, as vezes parava, tirava foto...e voltava bobo, com sorriso no canto da boca, orgulhoso de morar numa das cidades mais loucas, deficitárias, emocionantes, violentas, apaixonantes do mundo.
As luzes que anunciam a extensão do Cais José Estelita, o reflexo dos postes e dos sobrados magros da Rua da Aurora ao longo do Rio Capibaribe quando passava pela ponte da Votorantim indo pro Downtown, a imagem surreal do canal visto pelo lado de dentro, sentado ali na sacada do Capibar.
Isso é um pouco de Recife. Recife onde deixei um pouco de mim e que eu trago um muito aqui dentro do coração.
É quando eu escuto o som dos meninos e lembro dos barzinhos onde a gente escuta gente boa tocando o próprio som, lutando por um espaço no mercado. Fazendo o que gosta, tocando pra quem quer ouvir. Na cidade mais musical e cultural do planeta.
"Esta cidade parece um poema, em cada esquina você pode estar.”
Meio-dia na Rua da Harmonia.
Boa sorte a todos.
domingo, dezembro 19, 2004
entre umas e outras...
Raindrops on roses and whiskers on kittens
Bright copper kettles and warm woolen mittens
Brown paper packages tied up with strings
These are a few of my favorite things
Cream colored ponies and crisp apple streudels
Doorbells and sleigh bells and schnitzel with noodles
Wild geese that fly with the moon on their wings
These are a few of my favorite things
Girls in white dresses with blue satin sashes
Snowflakes that stay on my nose and eyelashes
Silver white winters that melt into springs
These are a few of my favorite things
When the dog bites
When the bee stings
When I'm feeling sad
I simply remember my favorite things
And then I don't feel so bad
musiquinha bem viadal pra compor a tarde hoje... lembrar um pouco das inumeras vezes que vi esse filme em casa com minha mãe..e sempre reclamava até ficar vidrado com a trilha sonora, assim como ela. Ou de ouvir essa musica através de beta que semrpe gostou tb...e apanhar pra tira-la no violao (ê musiquinha dificil).
hey, receber cartas é muito bom, bicho!!! caraca... vc se sente importante que só a gota. Só imaginar que a pessoa tirou alguns minutos pra lembrar de mim, se dispor a pegar papel em branco, lapis (ou caneta) e escrever algumas coisinhas cotidianas mas que é exatamente por isso que são do caralho, me deixa feliz que só a porra!!!
Agradeço a Dea, Ceição (que não quer mais a alcunha de Sal) e Cahita por terem depositado um pouco mais de sazon na minha vida aqui em sao luis. Sei que nem todo mundo tem tempo ou que não achou que fosse o momento de me enviar cartas, nao vem ao caso, de qualquer forma ler as cartas que as meninas me enviaram (dea junto com o CD do U2 novo e Cahita com o disco do Parafusa e 3 carteiras de Sampoerna...que aqui custa os zoi da cara e por isso passei a fumar Carlton Mint) me deixaram bobo... e as palavras sempre bem encaixadas de Ceição... isso eh bom demais, é isso o que importa na vida... o resto é perfumaria (como diria Nelson Rodrigues).
Amigos, vou responder a todos e escrever pra mais um monte.
Eu sempre fui rude, grosso, chato, frio, coração de pedra... mas esse distanciamento ta me mostrando umas coisas que eu jamais tinha percebido. Ver uma cartinha escrita à mão (e não com a frieza da digitação do email) é aquecedor, enche o coração de uma felicidade que eu não sei classificar. É MUITO BOM. só sei disso.
Bom, vou nessa que trabalhar domingo já é negocio de corno e já ta virando rotina.
Ê rotina que não me deixa nem sentir saudade... ainda bem.
Bom, vamos ao que interessa... so faltam 600 aparelhos pra que eu bata a meta e por conseguinte, vá pra recife no reveillon, dificil? que nada simplesmente IMPOSSIVEL, mas o jogo eh pra ser jogado até o final ... ou "o jogo acaba quando termina" (como bem disse Vicente Matheus).
queridos, bom domingo a todos e boa semana de natal.
Raindrops on roses and whiskers on kittens
Bright copper kettles and warm woolen mittens
Brown paper packages tied up with strings
These are a few of my favorite things
Cream colored ponies and crisp apple streudels
Doorbells and sleigh bells and schnitzel with noodles
Wild geese that fly with the moon on their wings
These are a few of my favorite things
Girls in white dresses with blue satin sashes
Snowflakes that stay on my nose and eyelashes
Silver white winters that melt into springs
These are a few of my favorite things
When the dog bites
When the bee stings
When I'm feeling sad
I simply remember my favorite things
And then I don't feel so bad
musiquinha bem viadal pra compor a tarde hoje... lembrar um pouco das inumeras vezes que vi esse filme em casa com minha mãe..e sempre reclamava até ficar vidrado com a trilha sonora, assim como ela. Ou de ouvir essa musica através de beta que semrpe gostou tb...e apanhar pra tira-la no violao (ê musiquinha dificil).
hey, receber cartas é muito bom, bicho!!! caraca... vc se sente importante que só a gota. Só imaginar que a pessoa tirou alguns minutos pra lembrar de mim, se dispor a pegar papel em branco, lapis (ou caneta) e escrever algumas coisinhas cotidianas mas que é exatamente por isso que são do caralho, me deixa feliz que só a porra!!!
Agradeço a Dea, Ceição (que não quer mais a alcunha de Sal) e Cahita por terem depositado um pouco mais de sazon na minha vida aqui em sao luis. Sei que nem todo mundo tem tempo ou que não achou que fosse o momento de me enviar cartas, nao vem ao caso, de qualquer forma ler as cartas que as meninas me enviaram (dea junto com o CD do U2 novo e Cahita com o disco do Parafusa e 3 carteiras de Sampoerna...que aqui custa os zoi da cara e por isso passei a fumar Carlton Mint) me deixaram bobo... e as palavras sempre bem encaixadas de Ceição... isso eh bom demais, é isso o que importa na vida... o resto é perfumaria (como diria Nelson Rodrigues).
Amigos, vou responder a todos e escrever pra mais um monte.
Eu sempre fui rude, grosso, chato, frio, coração de pedra... mas esse distanciamento ta me mostrando umas coisas que eu jamais tinha percebido. Ver uma cartinha escrita à mão (e não com a frieza da digitação do email) é aquecedor, enche o coração de uma felicidade que eu não sei classificar. É MUITO BOM. só sei disso.
Bom, vou nessa que trabalhar domingo já é negocio de corno e já ta virando rotina.
Ê rotina que não me deixa nem sentir saudade... ainda bem.
Bom, vamos ao que interessa... so faltam 600 aparelhos pra que eu bata a meta e por conseguinte, vá pra recife no reveillon, dificil? que nada simplesmente IMPOSSIVEL, mas o jogo eh pra ser jogado até o final ... ou "o jogo acaba quando termina" (como bem disse Vicente Matheus).
queridos, bom domingo a todos e boa semana de natal.
quinta-feira, dezembro 16, 2004
quarta-feira, dezembro 08, 2004
sem palavras
PUTA QUE O PARIU!!!!
o caba longe de tudo e de todos, sozinho no escritório, 20:00h de um feriado, ouvindo U2 ai recebo um texto desses...
Quem é pernambucano pode se deliciar com estas verdades...e quem não é... só
estando lá e conferindo de perto tudo isso. Acredito que não é apenas uma
descrição de Pernambuco é uma declaração de amor e adimiração por esta
terra.
Um forte abraço a todos.
"Eu nasci e cresci em Feira de Santana, cidade pobre, sem nenhuma
beleza natural, mas pela qual eu tenho verdadeiro amor. Minhas raízes
estão todas lá. É lá que fica o lugar onde eu me reunia com meus
amigos há 15 anos atrás para jogar bola. E lá que eu tive minha
primeira namorada, minha primeira briga, meu primeiro emprego, minha
vida escolar toda... É um amor inexplicável. Há oito anos moro em
Salvador, aonde eu virei gente, por assim dizer. Do pouco que já vi do
mundo, Salvador ainda é a cidade mais bonita que conheço. Nada, no meu
entendimento, se compara à beleza desorganizada de Salvador. A
arquitetura que teve que se adequar às irregularidades do terreno, a
rica história que ela abriga. No entanto, além da beleza, Salvador não
me desperta nenhum outro sentimento. Pois bem. Depois da convivência
com essas duas realidades diferentes, eu fui morar em Recife e acabei
rodando um pouco por Pernambuco.
Devo dizer que a cidade(Recife) é bonita sim, mas é mal cuidada. Que seus
rios e sua arquitetura têm seu charme de fato. Que o maior teatro do mundo é
interessante... Mas nada disso fez muita diferença na idéia que eu trouxe de
volta um ano depois. Eu fiquei eternamente apaixonado por Recife. Sorrio
sozinho quando lembro das coisas que vi lá. Mas nada
disso foi por causa dos tais "títulos". Você já viu o pôr-do-sol de
qualquer ponte do Recife Antigo?
Já saiu da frente de um caboclo de lança para não ser vitimado?
Já acompanhou um grupo de maracatu, mesmo sem conseguir reproduzir a nça?
Já namorou no Marco Zero à tardinha? Ou no Parque Treze de Maio...?
Já comeu bode com uma cervejinha gelada em qualquer bar da zona norte?
Já ficou no Acaiaca até 5h da tarde tomando cerveja com caldinho de
feijão - com azeitona, charque e ovo de codorna, claro!
Já foi ver algum show no Pátio de São Pedro, tomando uma cervejinha gelada.
Já assistiu à Paixão de Cristo em Nova Jerusalém e mesmo sendo ateu,
quase chorei com o enforcamento de Judas ?
Já esteve na Feira de Caruaru e ficou perdido (literalmente) entre as
barracas de artesanato?
Já comeu coxinha no Rei da Coxinha em Gravatá - inclusive de camarão e
bacalhau?
Já encheu a cara de vinho do vale do São Francisco no Festival de
inverno de Garanhuns pagando R$3,00 na garrafa?
Já acompanhou as troças e blocos do carnaval no Recife Antigo?
Já desceu as ladeiras de Olinda, no irreverente carnaval de Olinda?
Já foi para a saída do Guaiamum Treloso e até hoje dá risada só de
lembrar dos turistas se balançando?
Já foi pra Muro Alto ficar boiando naquele mar cristalino!?
Já foi para Maracaípe de noite ficar "olhando o movimento?"
Já foi pra Porto de Galinhas ficar passeando no meio da turistada?
Já comeu aquelas maluquices da Oficina do Sabor em Olinda só pra
ganhar um prato da Boa Lembrança?
Já comeu Sanduíche de Coração de galinha no Laçaburguer?
Já ouviu com aquele sotaque dengoso que só as pernambucanas têm "Tava com
saudade de tu, visse?"
Já tentou paquerar alguém no balcão do Downtown sem conseguir ouvir
nada?
Já tomou um negócio daquele gelado no Galerias que ganha de porrada
dos capuccinos italianos (como é mesmo o nome ? - Maltado) ?
Já sacaneou as obras de Brennand ?
Já tomou cachaça com suco de cajá?
Já comeu um kilo no Parraxaxá (como é que se escreve?), e mais 500g de
doces?
Já se melou todo tentando abrir um guaiamum pra comer 5g da carne?
Já arrumou uma fantasia em cima da hora para ir para o "Enquanto isso
na Sala da Justiça?"
Já dançou ciranda em Itamaracá com Lia ou no Janga com Dona Duda?
Já se extasiou com o coco de roda na festa das lavadeiras - Lembra de
Selma do coco?
E a tal da porradinha (cana com fanta ou soda)? Quanta
sofisticação... e tomar um "pau-do-índio" e comer tapioca na Sé à
tardinha... e muitas outras coisas mais...
Essa autenticidade do povo pernambucano, essa tradição, essa cultura, essa
capacidade de ostentar o mais sofisticado ao lado do mais rústico e
sertanejo, sem perder sua cara, sua identidade, sua marca, isso é o que
torna Pernambuco um lugar que não precisa se comparar à América Latina para
ser tão maravilhoso. Ficar ostentando títulos de grandeza de rua, praça,
shopping, casa de show, teatro..., é reduzir Pernambuco, é permitir a
contra- argumentação! Para gostar de Recife e de Pernambuco, saber medir e
contar não importa, tem que ter sensibilidade e se deixar APAIXONAR
valeu Nanda.
(sei que dezenas de pessoas já receberam esse texto em email, mas foda-se. Assim como o texto República do Bolo de Rolo eu vou sempre postar e amar a minha terra, o meu povo, a nossa diversidade, o nosso bairrismo, a nossa desgraça e o nosso tesouro), continuarei postando sobre Pernambuco. Sempre.
hasta.
PUTA QUE O PARIU!!!!
o caba longe de tudo e de todos, sozinho no escritório, 20:00h de um feriado, ouvindo U2 ai recebo um texto desses...
Quem é pernambucano pode se deliciar com estas verdades...e quem não é... só
estando lá e conferindo de perto tudo isso. Acredito que não é apenas uma
descrição de Pernambuco é uma declaração de amor e adimiração por esta
terra.
Um forte abraço a todos.
"Eu nasci e cresci em Feira de Santana, cidade pobre, sem nenhuma
beleza natural, mas pela qual eu tenho verdadeiro amor. Minhas raízes
estão todas lá. É lá que fica o lugar onde eu me reunia com meus
amigos há 15 anos atrás para jogar bola. E lá que eu tive minha
primeira namorada, minha primeira briga, meu primeiro emprego, minha
vida escolar toda... É um amor inexplicável. Há oito anos moro em
Salvador, aonde eu virei gente, por assim dizer. Do pouco que já vi do
mundo, Salvador ainda é a cidade mais bonita que conheço. Nada, no meu
entendimento, se compara à beleza desorganizada de Salvador. A
arquitetura que teve que se adequar às irregularidades do terreno, a
rica história que ela abriga. No entanto, além da beleza, Salvador não
me desperta nenhum outro sentimento. Pois bem. Depois da convivência
com essas duas realidades diferentes, eu fui morar em Recife e acabei
rodando um pouco por Pernambuco.
Devo dizer que a cidade(Recife) é bonita sim, mas é mal cuidada. Que seus
rios e sua arquitetura têm seu charme de fato. Que o maior teatro do mundo é
interessante... Mas nada disso fez muita diferença na idéia que eu trouxe de
volta um ano depois. Eu fiquei eternamente apaixonado por Recife. Sorrio
sozinho quando lembro das coisas que vi lá. Mas nada
disso foi por causa dos tais "títulos". Você já viu o pôr-do-sol de
qualquer ponte do Recife Antigo?
Já saiu da frente de um caboclo de lança para não ser vitimado?
Já acompanhou um grupo de maracatu, mesmo sem conseguir reproduzir a nça?
Já namorou no Marco Zero à tardinha? Ou no Parque Treze de Maio...?
Já comeu bode com uma cervejinha gelada em qualquer bar da zona norte?
Já ficou no Acaiaca até 5h da tarde tomando cerveja com caldinho de
feijão - com azeitona, charque e ovo de codorna, claro!
Já foi ver algum show no Pátio de São Pedro, tomando uma cervejinha gelada.
Já assistiu à Paixão de Cristo em Nova Jerusalém e mesmo sendo ateu,
quase chorei com o enforcamento de Judas ?
Já esteve na Feira de Caruaru e ficou perdido (literalmente) entre as
barracas de artesanato?
Já comeu coxinha no Rei da Coxinha em Gravatá - inclusive de camarão e
bacalhau?
Já encheu a cara de vinho do vale do São Francisco no Festival de
inverno de Garanhuns pagando R$3,00 na garrafa?
Já acompanhou as troças e blocos do carnaval no Recife Antigo?
Já desceu as ladeiras de Olinda, no irreverente carnaval de Olinda?
Já foi para a saída do Guaiamum Treloso e até hoje dá risada só de
lembrar dos turistas se balançando?
Já foi pra Muro Alto ficar boiando naquele mar cristalino!?
Já foi para Maracaípe de noite ficar "olhando o movimento?"
Já foi pra Porto de Galinhas ficar passeando no meio da turistada?
Já comeu aquelas maluquices da Oficina do Sabor em Olinda só pra
ganhar um prato da Boa Lembrança?
Já comeu Sanduíche de Coração de galinha no Laçaburguer?
Já ouviu com aquele sotaque dengoso que só as pernambucanas têm "Tava com
saudade de tu, visse?"
Já tentou paquerar alguém no balcão do Downtown sem conseguir ouvir
nada?
Já tomou um negócio daquele gelado no Galerias que ganha de porrada
dos capuccinos italianos (como é mesmo o nome ? - Maltado) ?
Já sacaneou as obras de Brennand ?
Já tomou cachaça com suco de cajá?
Já comeu um kilo no Parraxaxá (como é que se escreve?), e mais 500g de
doces?
Já se melou todo tentando abrir um guaiamum pra comer 5g da carne?
Já arrumou uma fantasia em cima da hora para ir para o "Enquanto isso
na Sala da Justiça?"
Já dançou ciranda em Itamaracá com Lia ou no Janga com Dona Duda?
Já se extasiou com o coco de roda na festa das lavadeiras - Lembra de
Selma do coco?
E a tal da porradinha (cana com fanta ou soda)? Quanta
sofisticação... e tomar um "pau-do-índio" e comer tapioca na Sé à
tardinha... e muitas outras coisas mais...
Essa autenticidade do povo pernambucano, essa tradição, essa cultura, essa
capacidade de ostentar o mais sofisticado ao lado do mais rústico e
sertanejo, sem perder sua cara, sua identidade, sua marca, isso é o que
torna Pernambuco um lugar que não precisa se comparar à América Latina para
ser tão maravilhoso. Ficar ostentando títulos de grandeza de rua, praça,
shopping, casa de show, teatro..., é reduzir Pernambuco, é permitir a
contra- argumentação! Para gostar de Recife e de Pernambuco, saber medir e
contar não importa, tem que ter sensibilidade e se deixar APAIXONAR
valeu Nanda.
(sei que dezenas de pessoas já receberam esse texto em email, mas foda-se. Assim como o texto República do Bolo de Rolo eu vou sempre postar e amar a minha terra, o meu povo, a nossa diversidade, o nosso bairrismo, a nossa desgraça e o nosso tesouro), continuarei postando sobre Pernambuco. Sempre.
hasta.
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