segunda-feira, abril 14, 2014

Ataque x Defesa

O Santa Cruz poderia ter vencido o jogo. Claro.

Mas o time (e, creio, não o Vica) decidiu ficar com a bunda na parede.

No meu parco conhecimento futebolístico reza a lenda que: time com vantagem do empate tem que partir pra cima com tudo e só sossegar quando fizer o primeiro gol.

E ai virão aqueles dizendo: "pow, bicho, mas partindo pra cima podemos levar um gol num contra-ataque." SIM... mas de que adianta ficar lá trás puxando o adversário pro seu campo? Acaba tomando um gol do mesmo jeito, como o Santa Cruz, no final do jogo (quando psicologicamente o time vai se abalar muito mais e não haverá mais tempo de reação).

Prefiro correr o risco de tomar um gol no primeiro tempo, pelo menos teremos o segundo tempo pra tentar empatar (lembrando que o time tem a vantagem do empate, caralho!!!).

Não deu pra entender. O time recuado, o Sport partindo pra cima com tudo (o que era esperado desde sempre) e ninguém dentro de campo barrou: "negada! bora pra cima deles, nós já estamos na final com 0x0, vamos meter um pra desestabilizar o time deles!". Ninguém.

Ao Sport resta os parabéns pelo poder de reação e, mais que isso, perceber que o time entrou em campo pra matar ou morrer pois, da mesma forma que se o Santa Cruz partindo pra cima poderia levar um gol, o Sport decidiu partir pra cima correndo o mesmo risco. E não se arrependeu. Acertou mais.

Amigos, futebol é ataque. Vence quem acertar mais (diferente do basquete ou vôlei que vence quem errar menos). E você só pode acertar mais se atacar. O Santa Cruz abdicou de tentar. Sem tentar se quer poderiam errar.

Que venha o Sport na quarta, pois o meu time sabe muito bem jogar recuadinho, fechado, esperando o momento pra dar o bote. Há anos o Náutico é assim. Fechado e de repente VRÁ um ataque com 2 ou 3 toques e gol. Repito: vencerá quem acertar mais. Vamos entrar fechadinhos na quarta e partiremos pra um gol logo no domingo.

O resto a história se encarregará de contar.

Abraços.

sexta-feira, fevereiro 28, 2014

utópico irrecuperável

Na minha humilde e sincera opinião, há jornalista confundindo foco com fofoca.

Ao jornalista não é dado o livre-arbítrio de perguntar tudo e qualquer coisa que lhe passe pela cabeça, simplesmente porque o questionamento não é (ao menos não deveria ser) intrínseco a ele.

A isto chamamos de bagunça; para todo o resto, bom senso.

Explico: a dúvida não é do jornalista. Mas sim, em última análise, do público.

O camarada que empunha um microfone é tão somente o porta-voz do seu público. Jornalista não está ali pra dirimir dúvidas de foro íntimo nem para saciar a sua demanda pessoal por picuinhas (isso ele pode fazer depois que desligar o microfone).

O bom jornalista conhece o seu público e faz questionamentos inteligentes que incitem respostas pertinentes ao interesse deste.

Pouquíssimos torcedores do Náutico e do Sport estavam interessados em fofoca.

Alguns profissionais dão a impressão (tomara que seja só ela) de que não têm competência para elaborar questionamentos interessantes a cerca do esquema tático, substituições, da estratégia, da bola rolando, do jogo jogado. Escondem-se atrás de esparrelas, cavando fofocas que desviam do assunto de maior interesse do público: o FUTEBOL. Ficar tentando levantar rusgas entre Lisca e Neto Baiano (ou dar bola pra alguma troca de meia dúzia de farpas) é reduzir o tempo dedicado à faculdade de jornalismo (aqui me refiro apenas aos que frequentaram uma, claro) ao rasteiro mundo das superficialidades que vendem fácil e nada agregam ao nosso futebol.

Depois reclamam quando extingue-se a obrigatoriedade de diploma para exercer a profissão.

Defender esse tipo de libertinagem reducionista é o que torna a imprensa esportiva pernambucana, por vezes, pueril (pra não dizer patética). Jornalista sério se dá o respeito e não fica entrevistando funcionário demitido nem procurando pêlo em ovo, cansando o ouvinte com assuntos que só interessam à imprensa: gerar polêmica onde ela não existe pra render assunto pelo resto da semana.

Acaba-se perdendo o foco e o respeito para com o público que os colocou onde estão.

Comecem a tratar o ouvinte como debilóide e depois não reclamem da fuga de audiência.
[ou talvez eu seja um utópico irrecuperável].