domingo, agosto 29, 2004

é o que mermo?

...sem saco.

quarta-feira, agosto 18, 2004

intensidade e demonstração

Eu
Chorei até ficar debaixo d’água, submerso por você
Gritei até perder o ar que eu já nem tinha pra sobreviver
Eu andei.

Eu
Andei até chegar no último lugar pisado por alguém
Só pra poder provar o que era estar depois do final do além

Eu andei.

E cheguei exatamente onde algum dia
Você disse que partia
Pra nunca mais voltar
E eu já estava lá a te esperar sem dizer adeus

Eu
Fiquei sozinho até pensar que estar sozinho é achar que tem alguém
Já me esqueci do que não fiz e o que farei pra te esquecer também?

Se eu não sei o nome do que sinto
Não tem nome que domine o meu querer
Não vou voltar atrás, o chão sumiu a cada passo que eu dei


Andei

E cheguei exatamente onde algum dia
Você disse que partia pra nunca mais voltar
E eu já estava lá a te esperar sem dizer adeus
(paulinho moska)


poucas vezes eu posto música mas alguns poetas eu faço questão de me repetir... trago de novo paulinho moska ou somente moska, como ele prefere ser chamado.

ô letrinha miserávi de forte...esse é intensa do começo ao fim. não tem com ouvir e não se sentir angustiado...esgotado pela lembranças dos caminhos pisados.
hasta.

domingo, agosto 15, 2004

passeando...

...hoje o post é de joão pessoa.

com teclado norte-americano, saco!!

sem mais...tô doente.

sexta-feira, agosto 13, 2004

é quando mermo....?

quinta-feira peguei o trem pagador recife-natal e me danei em terras potiguares pra presenciar meu irmão defender o trabalho de graduação dele em administração na UFRN.

mais um que saiu da fila... minha irma (4 anos mais nova que eu) se formou em 2001, meu irmao (1 ano mais novo) se formou ontem... passei no primeiro vestibular em 1993... e desde entao fico pulando de curso em curso...

preciso me formar pelo menos antes de tata entrar na faculdade.

obs.: porque todo mundo que sabe que um caba se forma dix: "uffa, pelo agora já pode ser preso." eheheheheh... bando de bocó.

e eu vou tomar todas hoje na festinha aqui de bebemoração.
e amanhã eu desço pra joao pessoa, parada obrigatoria, de noite eu chego no downtown...

...se eu tiver vivo.

terça-feira, agosto 10, 2004

é guerra negão!!!

primeiro foi o google lançando o devastador orkut...agora entra em campo o Multiply, da bobinha Microsoft.

eu, como já estou devidamente cadastrado tanto num como noutro assim como também no Muvuca (sistema semelhante, só que com neurônios brasileiros envolvidos) vou ali pegar a pipoca, a coca-cola e assistir o desenrolar dessa batalha.

hasta.

segunda-feira, agosto 09, 2004

eis que chega o dia em que tudo muda...

Votação encerrada. Agradecemos aos eleitores. Resultado verificado e confirmado. Imagem 6 venceu por unanimidade de votos.


Modificação executada!

...only the strong survive.

obs.: por motivos óbvios (já que não excluí essas pessoas do meu círculo de amizades, foi somente um puxão de orelha porque não postam mais) o link dos cachacinhas enfumaçados continua ativo.

domingo, agosto 08, 2004

democracia é aqui...

depois te tantos percalços, viagens, encontros, desencontros, brigas, servidores morrendo, senhas sendo esquecidas, mudança de planos, cachaça, formaturas, casamentos, prisões, fugas, preguiça...

a direção da Casa viu-se no dever de reestabelecer a ordem na farândula que isso se tornou e resolveu, através pleito, reformular a imagem da turma lá da rua.

informo-vos que o dito plebicisto já está em processo de realização, esperando incólume a cotagem do último terço dos votos válidos.

só os fortes sobrevivem
...e tenho dito

sábado, agosto 07, 2004

enche o copo garçããããão!!

nelson gonçalves, roberto carlos, zeca pagodinho, fábio jr., chico buarque, valdik soriano, zeze di camargo, carlos alexandre entre outros...

se o inusitado é mais divertido, pense em 3 bebo doido completamente cego se divertindo ontem no pega bebo (se eu souber o nome eu cégui) ao lado da fashion, a escutar música na radiola de ficha (eu cheguei pedindo ficha pra "jukebox" mas devido ao completo desconhecimento do garção com cara de Mario Bros em relação ao citado vocábulo não sem antes fazer uma careta de estranhamento, adotei o termo clássico), beber com os boêmios da Marquez de Olinda, rir dos bebo (profissinais) chorando mágoas por conta das trilhas que a gente escolhia na radiola, rir com as piadas do Mario Bros sobre a gaia que o amigo havia levado anos atrás, visualizar uma sex (sexagenária) dançando estilo sensualizante com o seu namorado gatão (uma mistura de zé bonitinho com sammy dave jr.), entoar os hinos da madrugada tomando cerveja quase quente numa das ruas mais belas do recife antigo e terminar a noitada sentado no chão circular do marco zero, conversando potoca, vendo o sol nascer laranja, brisa do mar, pitocão de brennand e preguiça de voltar pra casa.
Tem preço não.

hino da noite:

"Já troquei você por ooooootra.
Não estou arrependiiiiiiiido.
Por que a outra é livre e você tem um marido."
se eu souber de quem é essa, eu xóxi.

quinta-feira, agosto 05, 2004

sobre você ou sobre o nada.

...aprendi a conviver com eles
nunca disse que foi fácil
só que às vezes, como um estouro de cavalaria, seguia rebuliço
e eu atrás do que aquilo me causava
turbilhão
lá ia eu, saia correndo sem direção
manto ao vento, sem forma

acendi uma vela dia desses
pedia o impedível
descobri-me fora de alcance
queria sentir o que já havia esquecido

mas eu aprendi
e convivência é coisa difícil
jurei nunca mais aquilo que me dá forças
sou a soma da sombra das coisas que refletem em mim e na vossa luz
rabisco.


quarta-feira, agosto 04, 2004

O mundo é caquinho de vidro. Tá cego do olho, tá surdo do ouvido,
O mundo filé milanesa tem coreano, japonês, japonesa...


Eu sou irmao de lala que estudou, quando mais nova, com vanessa que é amiga de naty que é amiga de beta que namorou com beto que trabalhou com rômulo que é amigo meu dos tempos do ginasio de onde conhecemos cecilia que conhece um montao de gente inclusive cecilia meira que tocou junto com william que estudou comigo na faculdade onde eu reencontrei com gustavo que é meu amigo desde os tempos do primário de onde eu conheço orestes que conhece um montão de gente inclusive annelena que é amiga de marina que namorou comigo e com vlad que mora com camilo no apartamento onde foi a despedida de fafá onde eu bebi que só a gota e reencontrei sakaki que eu conhecia do cpor e que conhece Tomé que é médico e tava na formatura de syarah que é meu amigo e namora com seleninha que é prima de danny, mulher de ítalo irmão de marina.

continua...

terça-feira, agosto 03, 2004

e depois teve burburinho...

Fui ontem ver Olga.
Há 3 anos não pisava num cinema.
Li o livro ano passado, em Natal, confesso que, fora A Brincadeira (Milan Kundera), foi o livro mais tenso que já li. Em determinados momentos eu fechava o livro e deixava a imaginação fluir. Fechava os olhos e deixava a tensão do livro passar um pouco pra mim. Me emocionei de verdade e em alguns momentos confesso que por pouco não vou às lagrimas. Ta, ta é meio gay mermo essa porra...mas é a pura verdade, se você mergulha na biografia de Olga é difícil não se emocionar.

Bem, fui cheio de expectativa pra pré-estreia ontem. Diretor, produtora, atores protagonistas no cinema recebendo cumprimentos, rede Grôbo, um monte de carinha cenosa... lá fui eu pro cinema.

O problema de quem lê o livro é a expectativa gerada sobre as imagens que se formam enquanto lemos e nos deixamos levar pela imaginação. O problema de quem lê livro é que ele se depara, cara a cara, com detalhes, minúcias. O problema, realmente, é que nunca (ou quase nunca) o diretor tem a mesma leitura que você teve. E é daí que surgem as divergências entre expectativa e exposição.

Jaime Monjardim conduziu o filme a seu modo, sob sua leitura e do que ele imaginou ser uma boa história pra comercializar no cinema brasileiro. Só isso explica os vários clichês que o filme contém. A primeira impressão que foi de encontro à minha expectativa foi a interpretação de Olga. Camila Morgado dá a Olga um tom metálico, quase um robô, com um português bem explicado e lento, quase teatral. Às vezes chega a ser ridículo quando declama pra ninguém, entre uma chicotada e um verso, um poeminha que lera com Luis Carlos Prestes no dia que dormiram juntos pela primeira vez.

Cacco Sbrubles (nunca sei o nome desse doidinho) dá um tom meio bocó ao Gen Luis Carlos Prestes, comandante da Coluna Prestes, conceituado entre comunistas do mundo todo, respeitado por amigos e inimigos... ficou esquisito ver, em toda cena, uma cara de bobo apaixonado.

É notório que Monjardim não conseguiu passar pra tela toda a tensão da história... o momento político mundial e o barril de pólvora que estava o Brasil naqueles dias. O motivo deles viajarem com identidades falsas não fica bem explicado pra alguém que só o filme e não leu o livro. É difícil inserir na bolha prestes (sem trocadilho) a estourar que se encontravam os militantes da ANL e a polícia do Rio de Janeiro... quem não leu sobre a intentona comunista não consegue perceber o estrago que foi feito nos quartéis de Natal , Recife, São Paulo, Rio de Janeiro... o filme dá uma pincelada tão rápida e rasteira que o que poderia ter sido a maior revolução (os chefes comunistas internacionais diziam que o Brasil seria o centro do comunismo mundial tal era o número de agentes infiltrados em partidos políticos, espiões em todas as áreas sensíveis do governo, militares abraçados à causa e o apoio populacional na época) comunista da historia não passou de uma tentativa de greve, paralisação, um piquete furado, um traque de massa, uma revoluçãozinha mal planejada, por homens despreparados...muito longe do que realmente ocorreu....e nesse devaneio de novela Olga fica meio sem ter onde ser encaixada na história.

Ai vc pode dizer: “porra, Matheus, ele não deu ênfase à revolução porque não tinha nada a ver com Olga que é o assunto principal do filme”. Tudo bem, concordo, então porque os momentos passados por Olga dentro da prisão, ainda aqui no Brasil, onde ela conheceu vários ilustres como Graciliano Ramos (Memórias do Cárcere vem justamente das suas lembrança de quando esteve preso no mesmo presídio que Olga) não mereceram do diretor nem 15 minutos?
Porque os momentos de sofrimento nos campos de concentração foram transformados em flashes de recordações de Olga, com olhar perdido no mundo, como se o cansaço e a exaustão que o trabalhão diário e forçado a submetia permitisse tal luxo?
Ela se tornou líder entre companheiros de campo de concentração. Dava aulas de política e geografia pras presas, organizava levantes, exigiam direitos (quase todos negados)... isso não é tratado com o devido respeito no filme.
O filme é sustentado no amor que Olga sentia por Prestes (até exagerado por vezes) e por Anita, a filha do casal que ta viva até hoje.

Eu sai do cinema com medo de que quem não tivesse lido o livro e nunca tivesse ouvido falar em Olga Benário nem em Luis Carlos Prestes taxasse o Prestes de bobão romântico revolucionário frustrado e Olga de robozinho chorão separada da filha. É delicadíssimo filmar biografias (haja visto a pleura que se deu com o filme sobre Chateubriand) e é imperativo se respeitar a memória de vultos tão mais fortes do que os que eu vi retratados pifiamente ontem na tela. Personagens da história mundial que não cabem em 2h de novela carregada de um sentimentalismo diferente do que o livro transmite.

Só pra se ter uma idéia do que eu falo.O diretor consegue encaixar duas cenas de sexo entre Olga e Prestes com mais de 5 minutos cada uma. PORRA!!! Enchimento de lingüiça da carayo... no livro não tem nem 5 segundos de sexo. Porque o sexo entre eles dois é o que menos importa na história.

Enfim...como filme o trabalho de monjardim merece aplauso porque foi uma obra toda filmada no Brasil, com recursos nossos. As cenas na neve são belíssimas, a tirlha sonora é envolvente, o figurino é fidedigno à realidade da época...não deixem de ver, afinal essa é só uma opinião de um caba ranzinza que foi esperando pérolas e recebeu azeitonas.


Hasta.

obs.: mas depois fui ao burburinho, tomei uma cerveja e tudo voltou ao normal.
obs2.: dei-me o direito de não corrigir erros de grafia, concordância, essas coisinhas belas do nosso peculiar idioma. tô com sono. foda-se.

ouvindo: A Palavra Certa (herbert viana)
:)