só 12

... lá estava eu, de frente para o campo. Silêncio naquela noite quente. Depois de muito tempo eu voltei a sentir o meu braço. Era Diogo tocando tocando em mim, chorando, sem acreditar no que estava vendo: o Remo (se eu não me engano) acabara de marcar um gol no nautico que descia para a serie C. Ali. Na minha frente.

Eu não sentia aquele gosto de bilis na boca, aquele torno afundando o meu peito, as pernas tremendo, flácidas. Desde a final do campeonato pernambucano de 1993 quanto então o nautico jogava pelo empate, vencia por 1x0 com um jogador a mais e, faltando 7 minutos pro final do jogo, conseguiu perder o título.

Enfim...

Ano passado pedi pra Dea comprar o ingresso, ia no sábado pra voltar na segunda de manhazinha direto pro expediente, comprei passagem aérea. Tomei todas e perdi o vôo. Meu santo é forte. Embalou meu sono para que eu, distante, não estivesse naquele fatidico jogo contra o Grêmio. Ano passado.

Há anos eu não chorava tanto.

Mas hoje.
Hoje não.
Hoje a tristeza é a distância dos Aflitos nessa tarde louca. A distância dos meus amigos no estádio. Da alegria de estar la dentro da torcida, em campo, respirando a magia de um estádio em dia de festa.

A todos os meus amigos alvirrubros: PARABÉNS!!!!

eu não sei vocês, mas eu vou é encher a cara... já escrevi demais.

hasta.